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Cotidiano
34 mortes. Este é o número de vítimas do deslizamento de terra que fez o município incrementar medidas de prevenção contra catástrofes naturais
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Guarujá registrou 34 óbitos com deslizamentos em março de 2020 | Daniel Villaça/Gazeta de S.Paulo
O início do ano é de alerta máximo em Guarujá. A Cidade, que já sofreu com deslizamentos e inundações durante os temporais de verão, sabe exatamente o que é viver em estado de emergência climática. Um dos piores desastres naturais do município - e da Região - aconteceu em março de 2020, quando um deslizamento de terra na Barreira do João da Guarda deixou 34 mortos.
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Mas não é de hoje que Guarujá se prepara para possíveis catástrofes naturais. Segundo a Defesa Civil do município, o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) opera desde 1990 em parceria com o Governo do Estado, que se inicia no dia 1 de dezembro e se estende até o dia 31 de março, tendo sua vigência durante o período de chuvas intensas. O objetivo é evitar mortes e danos relacionados a eventos climáticos.
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Após a tragédia em 2020, a Cidade aderiu a dois sistemas de alertas. O primeiro trata-se do Sistema de Aviso de Ressacas e Inundações Costeiras (Saric), plano que está sendo criado na região para atender eventos naturais. A iniciativa está em fase inicial de implantação. Já o segundo é o sistema experimental de alerta e avisos, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio de acionamento de sirenes em comunidades localizadas em áreas de risco geológico. A área escolhida como projeto piloto foi a Barreira do João Guarda.
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Segundo a Prefeitura, mais iniciativas foram tomadas para evitar problemas relacionados aos desastres naturais. Uma delas foi a implantação de um Núcleo de Proteção e Defesa Civil na Prainha Branca, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) e a organização S.O.S. Mata Atlântica. “O objetivo é preparar os moradores que ocupam áreas de risco suscetíveis a desastres”, explica a Administração Municipal.
Monitoramento
A Defesa Civil de Guarujá também atualizou o Plano de Contingência Municipal (Plancon) recentemente (2022/2023). “A finalidade é padronizar os procedimentos relacionados ao monitoramento, alarme e resposta, incluindo as ações de socorro, ajuda humanitária e reabilitação de cenários, a fim de reduzir os danos e prejuízos decorrentes de eventos climáticos severos”, explica. Já em relação aos equipamentos, a Defesa Civil possui em parceria com o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) 15 pluviômetros automáticos (em tempo real) e um geotécnico (mede níveis de infiltração e saturação do solo).
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Série - Salve o Clima
Muito se fala sobre o que as mudanças climáticas podem fazer com o futuro da humanidade. A onda de calor que o Brasil enfrentou nas últimas semanas já dá sinal de que o tema não é algo a ser pensado na próxima década. É urgente e é para agora. Desde o início deste século, a preocupação com o assunto vem se tornando relatórios, estudos e teses para cientistas e ativistas pelo mundo. No entanto, na última década, manifestações de ativistas como Greta Thunberg e negacionistas do clima como Elon Musk colocam o holofote mais forte sobre a causa.
Para dar luz a esta causa, o Diário do Litoral preparou uma série de reportagens para mostrar o que as nove prefeituras da Região têm feito para se enfrentar o estado de emergência climática. A Baixada Santista tem um histórico de sofrimento com as mudanças climáticas, causado por chuvas torrenciais, enchentes, deslizamento de terra nos morros e avanço do mar. Por isso, começamos nossa série com a cidade de Santos, que foi a primeira cidade do Brasil a se preocupar com o tema criando o Plano Municipal Mudanças Climáticas, em 2016.
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