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Cotidiano
O valor atual da passagem é R$ 4.40, o que representa um aumento de R$ 0,60
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Tarifas de trem e metrô aumentam em 2024 | Rovena Rosa/Agência Brasil
O valor da tarifa dos trens e metrô em São Paulo vai subir para R$ 5 a partir de 1º de janeiro de 2024. A informação foi confirmada pela assessoria da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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O valor atual da passagem é R$ 4,40, o que representa um aumento de R$ 0,60.
O anúncio oficial ainda não foi feito, mas, o governo prometeu novas informações em breve com as explicações para a decisão.
A informação foi divulgada pelo Bom dia SP, da TV Globo, e confirmada pela Folha de S.Paulo em seguida.
Com o reajuste, os passageiros que utilizam apenas o transporte sobre trilhos em dias úteis terá de pagar, em média, R$ 26,40 a mais por mês.
O reajuste da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo tem colocado em lados opostos o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB). O valor de R$ 4,40 é o mesmo desde janeiro de 2020, apesar de a inflação no período ter sido de 26% (R$ 5,55). O reajuste é de 13,6%, metade da inflação.
A defasagem incomodava Tarcísio, que dizia reiteradamente para os seus secretários que subiria a tarifa no ano que vem. Por outro lado, Nunes calcula que o aumento da passagem trará prejuízos à sua campanha de tentativa de reeleição. Os dois são aliados.
Tarcísio confirmou sua intenção de aumentar o preço da passagem em entrevista no último dia 29 de novembro, após a publicação deste texto. "[A tarifa] Está congelada há muito tempo, a gente tem como fazer conta. Quanto mais tempo congelada, mais subsídio, e eu preciso tirar de alguma política pública. Então tem que por na balança, não tem almoço de graça. Se a tarifa não subiu, o custo subiu", disse o governador.
"As empresas não vão ter solvência sem repasse, e o fato de a tarifa estar congelada vai prejudicando a saúde financeira das empresas", completou Tarcísio.
Na capital, com o sistema de integração, as passagens de ônibus e das linhas férreas seguem o mesmo valor. A gestão Nunes desembolsou R$ 5,3 bilhões em subsídios para as empresas de ônibus até o início de novembro. Responsável pelos gastos com metrô e trens, o governo estadual não informou quanto repassou.
Resta saber, agora, se a prefeitura deverá seguir com o acordo informal firmado com o governo e reajustar a tarifa do ônibus. A medida é uma das situações que Nunes mais evita tomar em seu último ano de mandato.
Funcionários da prefeitura e da SPTrans disseram à Folha de S.Paulo nesta manhã que foram pegos de surpresa. A assessoria de imprensa dos dois órgãos não se manifestou em notas, apesar do anúncio por parte da Comunicação de Tarcísio.
Na segunda (11), antes de anunciar o programa tarifa zero aos domingos, Nunes conversou com Tarcísio na tentativa de convencê-lo da ideia. O governador sempre foi contrário tanto à gratuidade quanto ao congelamento da tarifa desde janeiro de 2020.
Neste encontro Nunes e Tarcísio também debateram a possibilidade de subir o preço da passagem. "Ficamos de, a partir desta semana, reunirem os técnicos da SPTrans e do governo para discutir se deve haver o reajuste, acredito que uma decisão deverá ser tomada no final do mês, como é de prática", afirmou o prefeito, na segunda.
Na reunião entre governador e prefeito, Tarcísio disse que seria inevitável o reajuste para o ano que vem. Desde quando assumiu o Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio vive em conflito com lideranças sindicais das linhas férreas e demonstra incômodo pelo fato de o Metrô ser deficitário.
A empresa teve um prejuízo de R$ 651 milhões no primeiro semestre deste ano. Em todo o ano de 2022, havia sido de R$ 1,2 bilhão.
Rafael Calabria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), acredita que o aumento da tarifa afastará ainda mais os usuários e não será suficiente para cobrir o déficit.
A Folha de S.Paulo questionou a Gestão Nunes se o valor da tarifa subirá para os ônibus da capital e aguarda retorno.
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