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Cotidiano

Só 37% das empresas sobrevivem após 5 anos

NO BRASIL. Resultado integra a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgada nesta sexta pelo IBGE, que reúne números até 2019

23/10/2021 às 01:00

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Estudo ainda não reflete os impactos da pandemia, que trouxe novas dificuldades para os negócios

Estudo ainda não reflete os impactos da pandemia, que trouxe novas dificuldades para os negócios | Divulgação/PSDB

Menos de 40% das empresas criadas no Brasil conseguem sobreviver após cinco anos de atividades, indicam dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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O resultado integra a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, que reúne números até 2019. Ou seja, o estudo ainda não reflete os impactos da pandemia de coronavírus, que trouxe uma série de dificuldades para os negócios a partir de 2020.

Segundo o IBGE, apenas 37,6% das empresas nascidas em 2014 -207,5 mil do total de 551,3 mil- conseguiram permanecer no mercado cinco anos depois, em 2019. Trata-se do indicador conhecido como taxa de sobrevivência.

Conforme a pesquisa, há uma correlação entre a permanência no mercado e o tamanho das empresas. Quanto maior o porte da companhia, maior é a taxa de
sobrevivência.

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Os números do estudo ilustram isso. Apenas 32,1% das empresas nascidas em 2014 sem assalariados conseguiram seguir em atividade cinco anos depois, em 2019.

Nesse tipo de negócio, somente uma pessoa é responsável por todo o processo de operação, sem a participação de empregados.

As companhias com 10 trabalhadores ou mais registraram o dobro do percentual. Nessa faixa, 64,5% das empresas criadas em 2014 conseguiram sobreviver até 2019.

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"Essas empresas têm uma resiliência maior para sobreviver por mais tempo. Geralmente, são elas que contam com mais capacidade de acesso a crédito, por exemplo", avalia Thiego Gonçalves Ferreira, gerente da pesquisa do IBGE.

O pesquisador ainda chama atenção para as diferenças entre os setores da economia. No segmento de saúde e serviços sociais, a taxa de sobrevivência das empresas nascidas em 2014 foi de 59,6% em 2019.

É a maior marca entre as atividades analisadas pelo IBGE. Hospitais fazem parte desse ramo.

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Enquanto isso, no setor de outras atividades de serviços, o percentual de sobrevivência no mesmo período foi bem inferior, de 31,8%. É a menor marca entre as atividades. Esse segmento, explica Ferreira, reúne negócios diversos, muitos deles de menor porte.

"O tamanho das empresas é uma das condições determinantes para a taxa de sobrevivência. O setor também tem uma contribuição para isso", reforça.

A pesquisa indicou que, em 2019, o país somou 4,7 milhões de empresas, que empregavam 39,7 milhões de pessoas, sendo 33,1 milhões (83,3%) como assalariadas e 6,6 milhões (16,7%) na condição de sócias ou proprietárias.

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Após cinco anos no vermelho, o saldo de empresas, que mede a diferença entre a entrada e a saída de negócios do mercado, voltou a ser positivo em 2019.

O saldo foi de 290,9 mil negócios. Reflete a diferença entre o ingresso de 947,3 mil e a retirada de outros
656,4 mil. (FP)

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