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Cotidiano
Pesquisa divulgada nesta quarta (8) mostra que 33 milhões de brasileiros não têm o que comer
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Manifestação de trabalhadores sem-teto contra fim em shopping Iguatemi, em SP. | Divulgação
Mais de 100 trabalhadores sem-teto protestam nesta quarta-feira (8) contra o aumento da fome em um ato no Shopping Iguatemi, um dos mais luxuosos de São Paulo. Realizada na hora do almoço, a manifestação foi organizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
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Durante o ato, os manifestantes ocuparam a praça de alimentação do centro de compras. "A fome cresceu 60% desde que Bolsonaro foi eleito, ninguém pode achar normal uma coisa dessas", diz Ediane Maria, coordenadora do MTST.
"O governo dele faz os ricos ficarem mais ricos, mas não faz apenas os pobres ficarem mais pobres: nos faz passar fome, e é por isso que estamos aqui", afirma.
No site do shopping, lê-se que a rede Iguatemi, proprietária da unidade, é "a única empresa de Shoppings Centers no ranking das 50 empresas mais valiosas do Brasil". Em 2019, a rede movimentou mais de R$ 14 bilhões em todo país.
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No mesmo ano, 43,1 milhões de brasileiros viviam algum tipo de insegurança alimentar, segundo relatório da ONU.
Aumento da fome
Uma pesquisa divulgada também nesta quarta (8) revelou que 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil. O levantamento foi feito pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) em parceria com o Vox Populi.
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Além disso, 6 em cada 10 brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar - o equivalente a 125,2 milhões de pessoas, um aumento de 60% em relação a 2018, quando Jair Bolsonaro foi eleito presidente.
Manifestantes gritaram palavras de ordem na praça de alimentação do shopping. - Vídeo: Reprodução/Instagram
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