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Cotidiano

Ó do Borogodó: Músicos fazem ato para manter bar aberto

Bar de samba e choro em Pinheiros pode ser desalojado para a venda do terreno; dona quer que local seja transformado em patrimônio cultural de São Paulo

Bruno Hoffmann

22/08/2023 às 12:00  atualizado em 22/08/2023 às 15:37

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Músicos do Ó do Borogodó durante o ato em frente à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo

Músicos do Ó do Borogodó durante o ato em frente à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo | Divulgação

Um grupo de músicos e funcionários do Ó do Borogodó, em Pinheiros, fez um ato em frente à Secretaria de Cultura de São Paulo nesta segunda-feira (21) para manter o bar aberto. O local é um reduto de samba e de choro na zona oeste da Capital e funciona de forma ininterrupta – com exceção do período da pandemia – desde 2001.

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A dona do Ó, Stefânia Gola, recebeu no meio do ano passado o aviso de que os proprietários do imóvel iriam pôr à venda o terreno na rua Horácio Lane com três construções, todas alugadas separadamente. Ela chegou a fazer em maio uma proposta de compra da parte que compreende a casa musical, mas os responsáveis pelo terreno foram irredutíveis, explicou.

“Como resposta à proposta recebemos uma notificação de saída. Foi algo super-indelicado, ainda mais depois de 22 anos de aluguel e de parceria”, disse.

Com as possibilidades de negociação esgotadas, Stefânia entrou com um pedido em junho deste ano para que o Ó do Borogodó fosse considerado pela prefeitura como um patrimônio cultural da cidade, ao se transformar em uma Zona Especial de Preservação Cultural (Zepec-APC).

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A Zepec-APC foi criada no Plano Diretor de 2014 e foi a responsável por manter o cinema Petra Belas Artes aberto, em 2016, e serviu como ferramenta de pressão pela manutenção do Espaço Itaú de Cinema na rua Augusta, neste ano.

"O Ó tem todos os requisitos para que esse processo de Zepec-APC seja aberto, gabarita, cumpre todos. Entramos com o pedido no fim de junho, e teoricamente a comissão tinha 15 dias em caráter de urgência para analisar o processo, mas isso não aconteceu. Por isso pedimos a audiência com a secretária de Cultura para jogar o holofote, para pedir que olhe com carinho para esse processo”, disse ela, em relação ao ato com os músicos feito nesta segunda.

Segundo Stefânia, o grupo foi recebido pelo chefe de gabinete da secretária de Cultura, Aline Torres, e por um responsável pelo setor de Zepec-APC. “Saímos de lá com a promessa de que eles teriam esse cuidado e esse compromisso com o processo”, disse ela.

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O Ó quase fechou as portas definitivamente durante a pandemia da Covid-19, mas uma vaquinha on-line feita em março de 2021 manteve o estabelecimento em atividade. O dinheiro arrecadado foi usado para pagar os valores atrasados e mais um ano de aluguel futuro.

O local já foi escolhido pela revista “Veja São Paulo” como o melhor bar de música ao vivo da cidade e é conhecido por ter sido casa de nomes importantes da música nacional, como Douglas Germano, Kiko Dinucci, Fabiana Cozza, Alessandro Penezzi, Trio Gato com Fome, Arthur Favela, Zé Barbeiro, Juliana Amaral, João Poleto e Dona Inah, entre tantos outros.

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