Motorista do Porsche é indiciado pela 4ª vez após MP recorrer à Justiça

Ministério Público utilizou recurso nesta quinta-feira (2) e pediu pela 4ª vez a prisão preventiva de Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche que matou Ornaldo da Silva Viana, no dia 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo.

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Manobra da promotora Monique Ratton acusa Fernando de influenciar no discurso de testemunhas, além de trazer à tona outros acidentes envolvendo o empresário.

4º pedido de prisão preventiva

O motorista do Porsche foi indiciado, no dia 29 de abril, por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, mas o pedido não foi aceito pela Justiça, que apenas o tornou réu.

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Por meio de recurso, a promotoria pede revisão do pedido. Segundo o MP, “existe por parte do acusado ato de influência no depoimento de testemunha, constatado após a disponibilização das gravações das imagens policiais”.

De acordo com o ministério, Fernando influenciou no discurso de sua namorada, que foi idêntico à fala de Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe do empresário.

Além disso, a promotoria alega que o nome de Fernando aparece em outros dois boletins de ocorrências, que também envolvem acidentes nas ruas. Em um dos casos, o empresário atingiu dois motoqueiros enquanto dirigia.

A investigação

Na noite do dia 31 de março, Fernando atingiu a traseira de um Sandero a 114,8 km/h e matou Orlando da Silva Viana. Além disso, seu amigo Marcus Vinicius Machado Rocha ficou gravemente ferido no incidente.

Segundo investigação, Fernando havia saído com a namorada e dois amigos para um restaurante, onde consumiram oito drinks de uísque com licor e uma caipirinha.

O segundo destino do grupo foi uma casa de pôquer e, logo após, na volta para casa, a batida se sucedeu na avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo.

Teste do bafômetro

As imagens das câmeras corporais dos policiais que atenderam a ocorrência, registraram o momento em que Fernando é liberado pelas autoridades sem realizar o teste do bafômetro. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública assumiu o erro cometido pelos PMs. Confira trecho do comunicado.

"A Secretaria de Segurança Pública informa que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia. Diante disso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais".

Além disso, as imagens mostraram um diálogo entre um bombeiro e um PM. Nos vídeos, ambos concordam que o motorista do Porsche estava sob efeito de álcool, mas não fazem nada a respeito.

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita