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Cotidiano

Mensalidades escolares devem ficar até 12% mais caras em SP

Pais ou responsáveis têm até o dia 15 de dezembro para negociar a renovação ou novas matrículas para 2023

03/11/2022 às 14:33  atualizado em 03/11/2022 às 15:08

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Brasil tem cerca de 6,5 milhões de alunos matriculados na educação básica privada

Brasil tem cerca de 6,5 milhões de alunos matriculados na educação básica privada | ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

As mensalidades escolares devem ter reajuste acima da inflação este ano, de acordo com o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), que representa as escolas particulares paulistas. O índice de reajuste deve ficar entre 10% e 12%, segundo o sindicato, ao passo de que a inflação acumulada está em 8,47%.

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Entre os motivos para o aumento, as escolas alegam defasagem nos valores das mensalidades durante a pandemia e alta na inadimplência. Apensar do cenário, uma pesquisa mostrou que muitas estão oferecendo descontos para manter os alunos, segundo informações do portal R7.

Como falta pouco mais de um mês para o fim do ano letivo, pais e responsáveis que têm alunos em escolas particulares têm até o dia 15 de dezembro para negociar a renovação ou novas matrículas para 2023.

O sindicato explica que cada estabelecimento pode definir seu índice de reajuste, com base em planilha de custos, atendendo a uma lei federal. "As escolas particulares são o único segmento que tem seus preços controlados no Brasil e só podem reajustar uma vez por ano, por isso não podem errar. Não existe escola com boa qualidade pedagógica se não tiver uma boa saúde financeira", diz o presidente, Benjamin Ribeiro da Silva.

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O Brasil tem cerca de 6,5 milhões de alunos matriculados na educação básica privada em pouco mais de 40 mil escolas. Destes, mais de 2 milhões estão somente no estado de São Paulo.

Uma das principais consultorias em gestão educacional, o grupo Rabbit, calcula que as mensalidades vão ter reajuste médio de 10,9% neste ano. O valor é mais que o dobro dos 5% observados no reajuste do passado, ainda sob os efeitos da pandemia de Covid-19. Em 2020, fase mais aguda da pandemia, o reajuste médio ficou em 4%. Em 2019, havia sido de 9%.

Descontos

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A maioria das escolas que trabalham com educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, já definiu os reajustes, segundo o consultor e CEO do Rabbit, Christian Coelho. Uma pesquisa realizada pela consultoria mostrou que mais de 80% das escolas ofereceram ou pretendem oferecer descontos no pagamento da primeira mensalidade, como forma de amenizar a situação financeira dos pais no início do ano. O levantamento envolveu 263 escolas de vários estados brasileiros, incluindo São Paulo.

Os reajustes deste ano ainda são reflexos da pandemia, uma vez que muitas escolas  tiveram de adquirir equipamentos e se adaptar às formas digitais de ensino. A inadimplência também impactou, chegando a 11,1% em julho. A média histórica de inadimplência, considerando os dez últimos anos, é de 5,5%.

O CEO da Rabbit explica também que os donos de escolas temem subir muito as mensalidades e aumentar o endividamento dos pais e responsáveis. "A inadimplência no setor tende a diminuir no fim do ano, porque os pais precisam estar em dia para fazer a matrícula dos filhos. O problema é que o caixa financeiro das escolas já foi afetado por essa flutuação nos pagamentos", explicou.

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Cenário político

Já o presidente do Sieeesp afirma que as novas mensalidades podem ser influenciadas pela mudança no cenário político. "Enquanto o quadro político não for apaziguado, e neste momento tivemos aí uma greve de caminhoneiros, o cenário econômico não se estabiliza. Por isso, e também porque muitas escolas não conseguiram recuperar os investimentos feitos durante a pandemia de Covid-19, estamos prevendo que o índice de reajuste vai ficar entre 10% e 12%", disse.

Silva diz ainda que o aporte maior de matrículas vem das classes C, D e E, que já têm mensalidades mais baixas, com pouco espaço para negociação. "Recomendamos que as escolas busquem opções, até dividindo o valor da unidade em mais parcelas para que os pais consigam pagar. Não é hora de virar as costas para ninguém", afirmou.

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