Memória: saiba um pouco mais sobre a história do Tatuapé

Foi em busca de ouro que Brás Cubas, fundador da cidade de Santos, deixou o litoral em 1560, acompanhado do colega Luís Martins, e subiu a Serra do Mar. Quando chegaram ao planalto, se depararam com o ribeirão Tatu-apé, que em Tupi quer dizer “caminho do tatu”, seguiram um pouco mais adiante e se instalaram próximo à foz do Rio Grande, atual Tietê. Surgia aí os primeiros contornos do hoje conhecido bairro do Tatuapé, na zona nordeste paulistana.

Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, Brás Cubas acabou encontrando uma terra fértil, na qual criou gado, porcos e realizou diversos cultivos, dentre os quais o de uva, com a qual produzia vinho.

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Família Marengo
A produção de vinho foi muito importante para a região e atingiu seu auge no final do século 19, quando famílias de imigrantes italianos instalaram mais vinícolas na região. Uma delas se sobressaiu, a família Marengo, cujo sobrenome está presente em várias ruas do Tatuapé ainda hoje.

Os Marengo compraram as terras, que descendentes dos primeiros donos venderam para um religioso, o Padre Mateus Nunes de Siqueira, cuja passagem está marcada pela região por conta de uma casa que ergueu na várzea do Rio Tietê e que existe ainda hoje, a chamada Casa do Tatuapé.

Progresso
O desenvolvimento da região do Tatuapé ocorreu de forma lenta até o início do século 20, quando começaram a surgir as primeiras olarias, que se aproveitaram do solo da região, rico em argila.

É neste período também que surge uma das igrejas mais tradicionais do bairro, a Igreja de Nossa Senhora do Bom Parto, cujo terreno foi doado por um professor de matemática para uma organização religiosa sob a condição de que ali se erguesse uma capela em homenagem à santa.

Da Radial aos dias atuais
Do início à metade do século passado, o bairro do Tatuapé viu sua população crescer, o bairro se industrializar e o comércio chegar. Em 1960, para facilitar o acesso à região foi inaugurada a Avenida Radial Leste, uma das mais importantes vias da Capital.

Atualmente, o bairro que era majoritariamente ocupado por pessoas de classe média vê a chagada de pessoas com maior poder aquisitivo e a construção de diversos empreendimentos de alto padrão, tanto que a região abrigará em breve dois dos maiores prédios da cidade de São Paulo: o Platina 220 e o Figueiras Altos do Tatuapé.

O primeiro terá salas comerciais e apartamentos residenciais. O prédio será inaugurado inda em 2022, com 172 metros de altura, superando em dois metros o Mirante do Vale, no centro da cidade.

Já o Figueira Altos do Tatuapé, o terceiro prédio mais alto de São Paulo, leva o título de mais alto residencial, O edifício possui 168 metros de altura, 50 andares, 48 apartamentos de 337 m² cada e preço na casa dos R$ 5 milhões.