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Cotidiano

Memória: saiba como uma rua estreita de SP se tornou o Beco do Batman

Hoje conhecido como uma galeria a céu aberto, o Beco do Batman já foi uma viela escura e sem iluminação adequada

Gladys Magalhães

12/01/2023 às 10:43

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Beco do Batman é tido como uma galeria a céu aberto

Beco do Batman é tido como uma galeria a céu aberto | Ronaldo Silva Photo Press / Folhapress

Localizado entre as ruas Gonçalo Afonso e Medeiros de Albuquerque, na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo, o famoso Beco do Batman, tido como uma galeria de arte a céu aberto, já foi apenas mais uma viela escura e sem iluminação adequada da capital paulista.

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Segundo informações da galeria Ziv, instalada no Beco, no início da década de 1970, o Beco do Batman era conhecido como Imporbox, por conta de uma serralheria especializada em boxes de acrílico e alumínio, que tinha no local.

Mais tarde, por volta de 1975, o Beco ganhou o apelido de “Larguinho”. Na época, as crianças e adolescentes do entorno costumavam ser reunir por ali para jogar vôlei, futebol, paquerar e também fumar escondido.

Vista do Beco do Batman, nos anos 1980 - Foto: Folhapress
Vista do Beco do Batman, nos anos 1980 - Foto: Folhapress
Escadaria do Patápio  - Foto: Reprodução Facebook Microrroteeiros da cidade
Escadaria do Patápio - Foto: Reprodução Facebook Microrroteeiros da cidade
Pose angelical Asas de Gatuno - Foto: Divulgação
Pose angelical Asas de Gatuno - Foto: Divulgação

O surgimento do Batman
Foi somente na década de 1980, que as vielas mal iluminadas do Beco do Batman começaram a mudar sua história.

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No período, muitos estudantes da Universidade de São Paulo (USP) passaram a frequentar e alugar casas no bairro, atraindo artistas para a região. Um desses artistas foi o grafiteiro, desenhista e cenógrafo etíope Alex Vallauri  (1949-1987), que junto com o cenógrafo, então membro do coletivo de arte Tupinãodá, Zé Carratu, deu as primeiras pinceladas no Beco.

Já o nome Beco do Batman se popularizou após o surgimento, na mesma época, de um desenho em estêncil do Homem-morcego, cuja autoria até hoje é desconhecida.

Popularização
O desenho que popularizou o Beco do Batman sumiu tão misteriosamente como apareceu. Mas, a partir da década de 1990, o grafite foi se tornando cada vez mais popular na cidade de São Paulo e as paredes do Beco passaram a ser disputadas por artistas de toda a cidade.

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Em meados da década passada, o Beco do Batman entrou definitivamente para o circuito cultural e turístico de São Paulo, ganhando iluminação noturna e passando a ser proibido para carros.

Paredes pretas
Sempre colorido, o Beco do Batman só teve suas paredes pintadas de preto apenas uma vez. O fato aconteceu em novembro de 2020, em protesto pela morte do produtor cultural Wellington Copido Benfati, o Nego Vila, assassinado após uma discussão por um policial em folga. Na época, as paredes do Beco ficaram de luto por dois meses.

Hoje, o Beco está colorido novamente. As pinturas são renovadas periodicamente, sendo que os artistas possuem um código de conduta para decidir quem vai pintar ou se pode pintar sobre a obra de outra pessoa, por exemplo.

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A popularização do Beco do Batman também tornou famosas outras manifestações artísticas da região, como a Escadaria do Patápio, popularmente chamada de Escadaria do Beco, e a pintura de asas de anjo na rua Harmonia.

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