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Cotidiano
O anúncio oficial está programado para acontecer ao lado de Lula no sábado, durante ato em Diadema, na Grande São Paulo
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Marcio França | Eduardo Knapp/Folhapress
Apesar do descontentamento da militância pessebista, o ex-governador Márcio França (PSB) realmente deve desistir de buscar o Palácio dos Bandeirantes e anunciar no próximo sábado (9) que concorrerá ao Senado pela chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT) ao Governo de São Paulo.
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O anúncio público está programado para acontecer ao lado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ato em Diadema, na Grande São Paulo. A família de França já teria concordado com a decisão.
De acordo com uma fonte à Gazeta, o deputado estadual Caio França (PSB), filho de Márcio, já confirmou a informação para pessoas mais próximas da legenda.
O pessebista havia dito há alguns meses que esperaria para ver as pesquisas eleitorais para tomar uma decisão, e, como Haddad está à frente em todos os levantamentos, essa foi a justificativa para abrir mão da disputa ao governo paulista.
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Outra razão, de acordo com apuração da Gazeta, é a desistência do apresentador José Luiz Datena de se candidatar ao Senado. Datena era o líder em todas as pesquisas. Com isso, acredita França, suas chances de chegar ao Senado Federal se tornam concretas, em vez da incerteza da disputa estadual.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do ex-governador sobre o tema, mas não houve resposta até o fechamento deste texto.
Militância descontente
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A decisão deve desagradar boa parte da militância paulista do PSB, que queria que França insistisse na busca pelo Palácio dos Bandeirantes. A justificativa principal é que ele teria menos rejeição do que Haddad e, por isso, teria mais chance em um eventual segundo turno.
A reportagem da Gazeta teve acesso a um grupo de admiradores e de políticos da legenda pelo WhatsApp, em que quase ninguém se mostrou favorável ao ex-governador tentar se eleger ao Senado Federal.
Um apoiador sugeriu que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas eleitorais, abra mão da candidatura em favor de França, e não o contrário.
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“A questão é inverter a lógica! Haddad senador, Márcio governador e o vice do PSD do Kassab. Aí não teria para ninguém. Fora esse cenário, é ter Tarcísio próximo governador de SP”, escreveu ele, sugerindo que Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo paulista apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), seria o vencedor sem França na disputa.
“Se ficar Rodrigo Garcia x Haddad (e não duvido), Haddad será derrotado. Muita pretensão do PT querer o Brasil e São Paulo”, escreveu outro.
“O Alckmin precisa enfrentar Lula/Haddad e dar essa chance para o Márcio França, com PT apoiando Márcio França", completou, pedindo que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice da chapa do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), use sua influência em favor do ex-prefeito de São Vicente.
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Outro correligionário contrário ao ex-governador abrir mão da candidatura escreveu, visivelmente aborrecido: “Esse assunto me causa angústia. Ainda que haja acordos a serem concluídos entre PT e PSB, aos quais nós eleitores do MF estamos alheios, não sendo levados em conta, estamos todos sendo subestimados. Isso é um insulto".
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