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Cotidiano

Greve confirmada: ônibus não rodam em São Paulo nesta quarta-feira

Sindicato manteve decisão tomada na última sexta-feira (28/6) e serviço será paralisado a partir da meia-noite da madrugada desta terça para quarta-feira

Lucas Souza

02/07/2024 às 19:10  atualizado em 02/07/2024 às 19:17

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Greve confirmada: ônibus não rodam em São Paulo nesta quarta-feira

Greve confirmada: ônibus não rodam em São Paulo nesta quarta-feira | Thiago Neme/Gazeta de São Paulo

A greve de ônibus acontecerá nesta quarta-feira (3/7), em São Paulo. O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) não recebeu nenhuma proposta que mudasse a decisão tomada na última sexta-feira (28/6).

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As negociações eram intermediadas pela prefeitura de São Paulo e protagonizadas por dois lados, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo e o sindicato patronal, entidade que representa parte das empresas de ônibus responsáveis por empregar motoristas, cobradores e prestadores de serviço.

A Seção de Dissídios Coletivos do TRT da 2ª Região estipulou que o serviço deve ser garantido e com 100% do efetivo nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e no mínimo 50% nos demais períodos. Essa determinação, porém, não foi garantida pelo sindicato em seu anúncio de paralisação.

Histórico do caso

Confira os acontecimentos a respeito da greve, em ordem cronológica.

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Reivindicações

Antes de qualquer rumor de paralisação e já em estado de greve, o sindicato indicou sete reivindicações às concessionárias que, caso cumpridas, interromperiam qualquer processo de greve.

  • Reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE
  • Aumento real de 5%
  • Reposição das perdas salariais na pandemia
  • Convênio médico
  • Redução da jornada de trabalho
  • Fim da 1 hora de refeição não remunerada
  • Propostas específicas para os setores de manutenção

Anúncio da greve

Insatisfeitos com a proposta oferecida pelas concessionárias de São Paulo, o SMTTRUSP anunciou, na última sexta-feira (28/6) em assembleia, o fim do estado de greve e a paralisação geral dos ônibus, organizada para quarta-feira desta semana (3/7).

“Nós estamos propondo pra 00h de terça-feira (02/07), essa categoria dá um basta, paralisar suas atividades, porque só assim companheiros, nós vamos ser respeitados. Só assim que os patrões vão entender que nós somos categoria importante", gritou o presidente do sindicato Edivaldo Santiago, de cima de um palanque, sob aplausos de membros da classe.

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"Vamos parar a cidade, vamos parar pra que eles respeitem e que a nossa jornada de trabalho seja reconquistada. ”, continuou Edivaldo durante assembleia.

À espera de propostas

Entre a última sexta e terça-feira desta semana (2/7), o sindicato esteve aberto ao recebimento de propostas que poderiam mudar os rumos da greve. Entretanto, nada apresentado pelas concessionárias chegou perto do que havia sido pedido pelo sindicato.

Somente nesta terça (2/7), as empresas contataram o SMTTRUSP duas vezes. Na manhã, o projeto apresentado foi logo descartado, entretanto, à tarde a proposta agradou, inicialmente, os trabalhadores.

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O reajuste salarial requisitado pelos trabalhadores não foi alcançado completamente, entretanto, o valor proposto foi aceito pelo presidente do sindicato. O impasse ficou no Vale Alimentação e jornada de trabalho, que impediram o acordo.

Com o término da assembleia, foi decretada a realização da greve. A proposta apresentada não condizia com as expectativas do sindicato, portanto, a paralisação foi confirmada.

Alternativas para se locomover nesta quarta-feira

Apesar da greve dos ônibus, os serviços de Metrô, CPTM e linhas privadas seguem sem paralisação nesta quarta-feira (3/7). Portanto, a operação nas linhas férreas não será afetada com a confirmação da greve dos ônibus, a não ser a quantidade de passageiros, que deve aumentar.

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A CET também confirmou o cancelamento do rodízio de forma excepcional nesta quarta-feira. Veículos com as placas terminando em 5 e 6, que estariam proibidos de rodar no dia, estarão liberados para circulação sem nenhum risco de multas.

*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita

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