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Saiba como evitar se vítima deste tipo de golpe | Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um levantamento realizado pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) a pedido da BBC News Brasil revelou que "mais de 90% dos sequestros registrados em São Paulo são feitos a partir de relacionamentos formados a partir de perfis falsos criados em aplicativos como o Tinder".
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Neste tipo de golpe, a vítima conhece um parceiro por meio de um aplicativo de paquera, marca um encontro e, ao chegar ao local combinado, percebe que foi enganado por sequestradores. Segundo informações do portal g1, muitas vezes quem cai neste tipo de golpe acaba sofrendo violência psicológica e física, além de ter dinheiro roubado.
Considerando apenas os casos ocorridos em 2022, a SSP informou que a Divisão Antissequestro do Dope, unidade especializada em sequestro da Polícia Civil paulista, esclareceu 94 ocorrências desse tipo, prendeu 251 suspeitos e apreendeu 9 adolescentes infratores.
Ainda de acordo com a pasta, os criminosos estudam suas vítimas. "Observam usuários que ostentam poder econômico nas redes sociais e marcam um encontro na casa da 'isca', abordando as vítimas geralmente em ruas desertas'', informou por meio de nota.
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Caso recente
Neste mês um caso chamou a atenção das autoridades. Um médico do Hospital das Clínicas foi sequestrado e mantido em cárcere por cerca de 14 horas depois de marcar um encontro por meio de um aplicativo de relacionamento em Pirituba, na zona norte da capital paulista.
O prejuízo foi de R$ 75 mil e o total de débitos teria sido condição para liberação da vítima. Toda a extorção ocorreu por meio de compras, empréstimos e transferências bancárias.
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O perfil das vítimas
Um tenente da Polícia Militar que atua na zona norte de São Paulo e pediu para não ser identificado afirma que as vítimas geralmente homens financeiramente bem-sucedidos.
"São pessoas acima de 40 anos, solteiras, que geralmente são comerciantes ou possuem pequenas empresas. São pessoas com alguma posse. A maior parte atrai a vítima pelo Tinder, com mensagens sedutoras e um pedido de encontro o mais rápido possível", diz ele.
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Ainda de acordo com o tenente, informações disponibilizadas pelas vítimas no aplicativo como profissão e fotos são usadas pelos criminosos.
"Os encontros geralmente são marcados em bairros mais afastados entre o fim da tarde e início da noite. Um dos casos que atendi, um homem tinha tentado marcar o encontro com uma mulher em um shopping, mas ela disse que estava doente e lamentava não poder sair de casa para encontrá-lo. Ele acabou se iludindo com a situação e foi até o local encontrar o par romântico, mas foi sequestrado", conta.
O que diz o Tinder
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