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Cotidiano

Estudantes de Medicina de Cubatão vão à África prestar atendimento humanitário

Cinco alunos permanecerão até 7 de fevereiro no Benin, quinto país mais pobre do continente

Gabriel Fernandes

25/01/2024 às 07:30

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Objetivo é levar atendimento médico a uma população vulnerável

Objetivo é levar atendimento médico a uma população vulnerável | Divulgação

Cinco estudantes de Medicina do campus de Cubatão da Universidade São Judas vão participar, a partir desta quarta-feira (dia 24) de uma experiência humanitária no Benin, país africano considerado o quinto mais pobre do continente. O objetivo é levar atendimento médico a uma população de extrema vulnerabilidade, além de oferecer a estudantes e docentes uma oportunidade de desenvolvimento profissional. A Missão acontece até 7 de fevereiro, período em que os missionários visitarão e receberão pessoas de dez diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie. A expectativa é atender 500 pessoas por dia com serviços de saúde e pequenas cirurgias.

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O hospital (Centre de Santé de Adjarra) servirá como base, mas a expedição será dividida em grupos com diferentes atuações, para prestar atendimento aos vilarejos locais. Além de procedimentos cirúrgicos e visitas domiciliares, os missionários também realizarão ações de educação em saúde nas escolas, orientando a população sobre higiene sanitária, escovação, orientação sexual, alimentação, entre outras. 

Os cinco alunos que vão representar a Região Metropolitana da Baixada Santista são são Graziele Cristina Ignacio, Lídia Santos Oliveira, Lucas Tadeu Albino Moreira Ribeiro, Mariana de Oliveira Modolo e Pamela de Souza Oliveira. Todos foram selecionados por terem participado e se destacado em edições da Missão Amazônia.

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“Tive um sonho de que recebia um e-mail dizendo que ia participar da Missão África, mas não acreditava muito porque tinha muitas pessoas boas sendo selecionadas. Aí quando fui olhar o e-mail, estava lá. Para mim, essas missões que via na TV eram coisas distantes e agora nem acredito que vou conseguir concretizar”, conta Graziele Cristina Ignácio, no 10º semestre de Medicina da Universidade São Judas. 

Com 50% da população composta por jovens, Benin enfrenta inúmeros problemas. A maioria da população, em extrema pobreza, não possui saneamento básico, pouquíssimos têm acesso à energia elétrica e com acesso extremamente restrito à educação e saúde, já que não possuem escolas ou hospitais públicos. As principais enfermidades que o grupo deve encontrar são doenças prevalentes como hipertensão arterial sistêmica e diabetes melitus, grande prevalência de malária e uma doença endêmica chamada úlcera de Burili.

Além do trabalho assistencial, a Missão também prevê capacitações técnicas em obstetrícia junto às enfermeiras e parteiras locais, com intuito de tentar reduzir as taxas de mortalidade materna e perinatal.

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Além de estudantes da Universidade São Judas, participarão da Missão África mais 30 alunos de escolas de Medicina de Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Norte, além de Piracicaba e São José dos Campos, no Estado de São Paulo. A equipe conta, também, com professores médicos, enfermeiros, um antropólogo e uma pedagoga.

A ONG Sementes da Saúde, que integra a comunidade das Irmãs Marcelinas, tem como missão retribuir uma dívida histórica cultural para com o povo de Benin, de onde o Brasil recebeu cerca de 80% dos escravos que chegaram ao país.

A pedido do Vaticano, a irmã Monique vem trabalhando para levar saúde e condições de vida para a população da região, levando médicos para esta experiência de extremo valor humanitário. A missão terá o apoio da Embaixada Brasileira em Benin.

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A ação é uma atividade prática e de extensão universitária da Inspirali. Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 14 instituições.

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