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Cotidiano
Quatro das 15 estações na cidade de SP tiverem os dados invalidados em fevereiro para ozônio; Nossa Senhora do Ó não registrou informações para o poluente um dia sequer
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Estação da Cetesb em São Paulo | Divulgação/Cetesb
Das 15 estações da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que medem a qualidade do ar na cidade de São Paulo, quatro (de Perus, de Itaquera, do Capão Redondo e da Nossa Senhora do Ó) falharam na medição por dias suficientes para terem os dados invalidados durante o mês de fevereiro. Outras três apresentaram falhas pontuais, que não influenciaram, porém, na medição mensal da companhia.
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A situação foi mais alarmante na Nossa Senhora do Ó, na zona norte, onde a estação não registrou dados sequer por um dia sobre poluição por ozônio ao longo daquele mês.
Na sequência, Perus (zona norte) teve aferição computada por 19 dos 29 dias de fevereiro, Capão Redondo (sul) em 9 e Itaquera (leste) em apenas 7 dias.
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Já as localidades em que as falhas não afetaram o relatório, por terem ocorrido em poucos dias, foram Cidade Universitária-USP, Pico do Jaraguá e Santo Amaro. Todas não conseguiram fazer a medição por um dia.
O fenômeno também aconteceu na região metropolitana da Capital e no interior do Estado. Em Santos e em Cubatão não houve dados suficientes para ozônio em fevereiro, além de São Caetano do Sul. A estação de São Caetano do Sul, porém, acabou desativada a pedido da prefeitura, para a ampliação de uma unidade de saúde.
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Conforme análise da reportagem da Gazeta em dados mais antigos da Cetesb, o problema ao medir a qualidade do ar do paulista e do paulistano ocorreu em vários outros meses.
Segundo Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, todas as estações da companhia passam por manutenção periódica e estão em bom estado de funcionamento, porém questões pontuais podem afetar a medição em dias específicos.
“Essas questões podem ser provocadas, por exemplo, por falhas na temperatura do ar-condicionado que cada estação tem para funcionar corretamente, por problema no envio do sinal da internet e até por ações da natureza, como a queda de uma árvore ou animais que passem pela estação, como no caso do Pico do Jaraguá”, explicou a gerente.
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No caso da ausência de dados de Nossa Senhora do Ó, Maria Lúcia afirmou que o instrumento que mede o poluente ozônio estava em manutenção, mas que outros medidores do equipamento se mantinham funcionando normalmente.
Ela também garantiu que os dados aferidos nos bairros são registrados automaticamente, sem interferência humana. Com isso, não há risco de dados serem manipulados para os relatórios amenizarem possível queda na qualidade do ar, por exemplo.
“Nem se alguém da companhia quisesse conseguiria editar algum dado. A segurança é total e nosso dados são cem por cento públicos”, esclareceu Maria Lucia.
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As estações da Cetesb contam com equipamentos que monitoram poluentes como partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5), óxidos de nitrogênio (NOx) e ozônio (O3), além dos dados meteorológicos como direção e velocidade do vento, temperatura e umidade do ar e radiação solar.
Há 15 estações na Capital, sete na Grande São Paulo e 30 no interior do Estado.
O poluente medido pela Cetesb é o ozônio, formado pela reação entre os óxidos de nitrogênio (emitidos por processos de combustão, veicular e industrial) e dos compostos orgânicos voláteis (emitidos em queima de combustíveis automotivos e em processos industriais), na presença de luz solar.
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Historicamente, as concentrações mais elevadas ocorrem com mais frequência no período da primavera e do verão, época em que a incidência da radiação solar é mais intensa e as temperaturas são mais elevadas.
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