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Cotidiano
Especialistas pontuam que a mudança de regra de uma região com problemas de mobilidade urbana
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Câmara Municipal de Cotia, aprovou em em 21 de maio, com 12 votos favoráveis e três contrários, o projeto de zoneamento de uso e ocupação de solo | Divulgação/Câmara Municipal de Cotia
Uma mudança no plano diretor de Cotia, na grande São Paulo, vai permitir prédios de até 30 andares no município. Na cidade, até o momento só era possível erguer prédios pequenos. A Câmara Municipal dos Vereadores aprovou alterações no Plano Diretor e agora segue para sanção do prefeito Rogério Franco.
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A Câmara Municipal de Cotia, aprovou em 21 de maio, com 12 votos favoráveis e três contrários, o projeto de zoneamento de uso e ocupação de solo, em sessão ordinária, que define as áreas onde pode haver prédios, indústrias e empresas e de serviços ambientais.
Especialistas pontuam que a mudança de regra de uma região com problemas de mobilidade urbana, além de trazer impactos ambientais ao afetar áreas residenciais sustentáveis.
Ainda segundo especialistas, sem que Cotia reforce sua rede de mobilidade ligando a São Paulo e demais municípios da região, não há capacidade de suporte para essa verticalização.
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O Município de Granja Viana, um bairro de Cotia, pode ser afetado por ser uma área residencial sustentável.
As associações recorreram ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que propôs ação direta de inconstitucionalidade devido à falta de discussão das propostas em audiências públicas.
Para o Estadão, Renato Rouxinol, da Associação de Moradores e Amigos da Granja Viana, afirmou que o projeto traz grande adensamento populacional em uma região com graves problemas de mobilidade. “Vai alterar terrivelmente o perfil da região e não houve debate mais profundo”, afirmou.
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Com a concessão de liminar, as leis não foram sancionadas.
A prefeitura da cidade diz que o plano diminui o crescimento da cidade e evita a ocupação de pontos onde ainda há remanescentes florestais.
Em nota, a prefeitura diz se inspirar na cidade de Curitiba, utilizada como modelo em urbanização. Veja:
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“Uma das tendências mundiais das cidades é evitar a concentração de edifícios utilizando eixos de sistemas viários com transporte público, comércio e serviços, para que essa população condensada não necessite de transporte individual para se deslocar na cidade”.
O Plano Diretor (PD) estabelece diretrizes e normas para o desenvolvimento da cidade.
Segundo o projeto de lei complementar 380/2024, deve orientar os agentes públicos e privados que atuam na construção e gestão da cidade, com o propósito de melhorar a qualidade de vida de seus moradores e usuários, promovendo o progresso urbano, econômico e social seguindo as normas da Constituição Federal.
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Enquanto o PD apontas as diretrizes e estratégias gerais, o zoneamento serve para trazer essas ideias para a prática, delimitando em cada área da cidade o quanto é permitido construir. A Lei de Zoneamento é um dos instrumentos legais que compõe o Plano Diretor.
*Texto sob supervisão de Lara Madeira
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