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Cotidiano

Condutor que bateu trem é demitido e R$ 4,3 milhões podem ser cobrados da ViaMobilidade

A empresa tem um prazo de 15 dias para apresentar um plano de melhorias para a operação das linhas 8 e 9, pelas quais está responsável

17/03/2022 às 09:56  atualizado em 17/03/2022 às 10:27

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Trem que bateu em muro na estação Júlio Prestes foi coberto com plástico

Trem que bateu em muro na estação Júlio Prestes foi coberto com plástico | Willian Moreira/Folhapress

Após uma reunião convocada pela Secretaria de Transportes Metropolitanos, a ViaMobilidade anunciou que demitiu o funcionário que, segundo a empresa, foi responsável pela colisão de um trem na semana passada. A reunião avaliou os últimos 30 dias de operação das linhas 8 e 9 dos trens urbanos que estão sob responsabilidade da companhia desde o dia 17 de janeiro. 

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A secretaria informou que, após a análise das falhas operacionais ocorridas nos últimos dias (foram cerca de 30 nos últimos 47 dias), a ViaMobilidade poderá ser punida com uma multa de até R$ 4,3 milhões. Além disso, a empresa deverá se comprometer a apresentar um plano de melhoria da gestão das linhas. A reunião ocorreu na tarde desta quarta-feira (16).

A pasta informou que empresa foi notificada "em razão de descumprimentos de procedimentos operacionais e da interrupção da prestação do serviço". Em comunicado, a secretaria frisou que a concessionária tem um prazo de 15 dias para apresentação de defesa. "Após a finalização dos processos administrativos, a pasta poderá aplicar as sanções cabíveis", informou o órgão do governo de São Paulo.

Apesar do prazo, a secretaria informou também que a empresa já apresentou ações urgentes para corrigir problemas e melhorar a operação das linhas Diamante e Esmeralda. As linhas têm apresentado problemas graves nos últimos dias.

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O problema mais recente evolvendo um trem operado pela concessionária aconteceu na última quinta-feira (10) quando uma composição bateu em uma barreira de proteção no limite de parada da estação Júlio Prestes - Linha 8 Diamante. Um vídeo registrado por câmeras de segurança da estação mostra o momento do acidente.

No registro é possível ver que o trem se aproxima do muro de contenção em velocidade reduzida. No entanto, a composição não para e acaba avançando contra a barreira. O muro fica destruído e o trem parece subir contra a plataforma. 

A empresa informou nesta quarta (16) que a colisão ocorreu "devido ao não acionamento do sistema de freio no ponto necessário pelo operador". O funcionário foi demitido.

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No dia do acidente, a Reportagem da Gazeta entrou em contato com a ViaMobilidade solicitando esclarecimentos sobre a causa do acidente, mas até o momento não recebeu retorno da empresa.

No dia 2 de março foi a vez dos usuários da Linha 9-Esmeralda enfrentarem problemas. Um princípio de incêndio em cabos externos da via causou a interrupção na circulação dos trens no período da manhã. Segundo a ViaMobilidade, a pane aconteceu nos cabos que cruzam as vias entre as estações Santo Amaro e João Dias.

O mesmo problema de incêndio nos cabos superiores de contato com os trens já havia ocorrido poucos dias antes, no dia 14 de fevereiro, quando a Reportagem recebeu um vídeo exclusivo mostrando o momento em que os componentes começaram a pegar fogo e causaram uma pequena explosão. 

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Também na quinta-feira (10) um funcionário que trabalhava na manutenção da Linha 9-Esmeralda morreu enquanto realizava um serviço na subestação de fornecimento de energia da via. 

De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, 14º Distrito Policial em Pinheiros, Bodney Supplice, um haitiano de 36 anos, morreu por volta das 2h. O caso está sendo investigado e é tido como morte suspeita. A ViaMobilidade diz que lamenta a morte do colaborador e que presta assistência à família de Bodney.

A ViaMobilidade opera as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda desde o dia 27 de janeiro deste ano.

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