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Cotidiano
Capão Redondo, Guarulhos, Mauá, Nossa Senhora do Ó e São Caetano não tiveram medições suficientes para entrar no relatório mensal da companhia em março; entenda
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Estação da Cetesb em São Paulo | Divulgação/Cetesb
As estações de medição da Cetesb deixaram de registrar a qualidade do ar em relação ao ozônio de cinco estações da Grande São Paulo em março deste ano. Capão Redondo, Guarulhos-Pimentas, Mauá, Nossa Senhora do Ó e São Caetano do Sul não tiveram medição suficientes para entrar no relatório mensal da companhia – em três casos, não houve registro algum.
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Todos os dados dessas regiões foram desconsiderados do relatório final em relação ao ozônio.
Capão Redondo só funcionou durante 9 dias, e Mauá por 20. Já as outras três não tiveram medição em nenhum momento.
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Houve também localidades em que houve falhas, mas não em dias suficientes para serem desconsideradas do relatório, como Cidade Universitária, Ibirapuera, Itaquera, Mauá, Perus, Pico do Jaraguá, Santana e Santo Amaro.
No mês anterior, em fevereiro, cinco estações da região metropolitana (de Perus, de Itaquera, do Capão Redondo, da Nossa Senhora do Ó e de São Caetano do Sul) falharam na medição por dias suficientes para terem os dados invalidados durante o mês de fevereiro.
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Dessas, Perus e Itaquera voltaram a entrar em relatórios por funcionarem em dias mínimos permitidos. Já as outras estão há pelo menos dois meses falhando em medir a quantidade de ozônio na atmosfera.
Segundo Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, todas as estações da companhia passam por manutenção periódica e estão em bom estado de funcionamento, porém questões pontuais podem afetar a medição em dias específicos.
“Essas questões podem ser provocadas, por exemplo, por falhas na temperatura do ar-condicionado que cada estação tem para funcionar corretamente, por problema no envio do sinal da internet e até por ações da natureza”, explicou a gerente, em março.
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No caso da ausência de dados de Nossa Senhora do Ó, Maria Lúcia afirmou que o instrumento que mede o poluente ozônio estava em manutenção, mas que outros medidores do equipamento se mantinham funcionando normalmente.
Em São Caetano do Sul a estação foi desativada a pedido da prefeitura, para a ampliação de uma unidade de saúde, explicou a companhia.
Ela também garantiu que os dados aferidos nos bairros são registrados automaticamente, sem interferência humana. Com isso, não há risco de dados serem manipulados para os relatórios amenizarem possível queda na qualidade do ar, por exemplo.
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As estações da Cetesb contam com equipamentos que monitoram poluentes como partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5), óxidos de nitrogênio (NOx) e ozônio (O3), além dos dados meteorológicos como direção e velocidade do vento, temperatura e umidade do ar e radiação solar.
Há 15 estações na Capital, sete na Grande São Paulo e 30 no interior do Estado.
O poluente medido pela Cetesb é o ozônio, formado pela reação entre os óxidos de nitrogênio (emitidos por processos de combustão, veicular e industrial) e dos compostos orgânicos voláteis (emitidos em queima de combustíveis automotivos e em processos industriais), na presença de luz solar.
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Historicamente, as concentrações mais elevadas ocorrem com mais frequência no período da primavera e do verão, época em que a incidência da radiação solar é mais intensa e as temperaturas são mais elevadas.
A concentração de ozônio, conforme a própria companhia, pode causar agravamento para toda a população "dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante”.
Os efeitos podem ser ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas. Os dados estão Boletim Mensal da Qualidade do Ar para o Estado de São Paulo.
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