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Cotidiano

Agora de volta, Marta Suplicy abandonou o PT em 2015; saiba por quê

Marta qualificou o PT de 'protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou' ao se desfiliar em 2015

Bruno Hoffmann

01/02/2024 às 10:30  atualizado em 01/02/2024 às 10:39

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Lula e Marta Suplicy

Lula e Marta Suplicy | Divulgação/Palácio do Planalto

Marta Suplicy vai se refiliar ao PT nesta sexta-feira, em uma cerimônia na Casa de Portugal, em São Paulo, com a presença do presidente Lula (PT). Na sequência ela será lançada oficialmente como vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura da Capital. O retorno da ex-prefeita ao Partido dos Trabalhadores se dá 9 anos depois de ela abandonar a agremiação, após uma série de crises com lideranças petistas, incluindo a então presidente Dilma Rousseff.

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Ela entrou no PT em 1981 – um ano após a fundação da sigla – e se elegeu deputada federal (em 1994), prefeita de São Paulo (em 2000) e senadora (em 2010), além de ter sido ministra do Turismo. Em 2015, porém, uma série de desgastes com a então presidente Dilma Rousseff (PT) e com lideranças nacionais da legenda culminou em seu pedido de desfiliação.

O início público da crise se deu no ano anterior, quando a então senadora deixou o primeiro escalão do governo federal e passou a agir para que Lula fosse o candidato à presidência em vez de Dilma. A situação se desgastou de vez quando a presidente nomeou Juca Ferreira para o comando do Ministério da Cultura.

Irritada com a decisão e se sentindo isolada pelo partido, Marta criticou Juca pelas redes sociais e, segundo o portal “G1”, enviou para a Controladoria-Geral da União um documento com denúncias relacionadas à primeira gestão dele no ministério, durante o governo Lula.

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Na carta de desfiliação, datada de 28 de abril de 2015, Marta escreveu que é “de conhecimento público que o Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou”. Ela também afirmou que “os princípios e o programa partidário do PT nunca foram tão renegados pela própria agremiação, de forma reiterada e persistente”.

Fora da legenda, ela protagonizou um dos momentos de maior polêmica de sua vida política, ao votar como senadora a favor do impeachment de Dilma em 2016. Em 2018 ela voltou a mirar os ex-companheiros de partido, ao dizer que Fernando Haddad (PT) havia sido o pior prefeito que São Paulo já teve.

Ela integrou nesse tempo o MDB e o Solidariedade e fez parte da gestão Ricardo Nunes (MDB) como secretária de Relações Internacionais. Agora, a partir de uma articulação do presidente Lula, ela volta ao PT para ser pré-candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos.

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A cerimônia de volta de Marta ao PT está marcada para esta sexta na Casa de Portugal, a partir das 18h30. O presidente Lula virá a São Paulo para assinar pessoalmente a refiliação da nova-velha companheira. O ato também contará com Haddad e com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, entre outras lideranças nacionais e regionais.

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