Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Além do desligamento dos funcionários, foi instaurada uma sindicância para apurar os detalhes da fraude
16/02/2022 às 15:36
Continua depois da publicidade
Desligamentos ocorreram neste mês de fevereiro após ser constatado a fraude dos diplomas | / Divulgação/Câmara de Taubaté
Dois servidores que trabalhavam no gabinete de um vereador de Taubaté, interior paulista, foram exonerados de seus cargos depois que a Câmara do município constatou que eles apresentaram diplomas falsos de conclusão de ensino superior. Além do desligamento dos funcionários, foi instaurada uma sindicância para apurar os detalhes da fraude.
Continua depois da publicidade
O cargo de assessor técnico parlamentar que ambos os ex-servidores ocupavam exige que o colaborador possua ensino superior completo, desde houve uma reforma administrativa, em 2019.
Antes desta atualização, o cargo era chamado de assessor parlamentar e exigia apenas ensino médio completo. A identificação da dos faltos diplomas ocorreu no início deste mês. A informação é do jornal "O Vale".
Continua depois da publicidade
A sindicância instaurada após a exoneração dos servidores quer apurar se outras pessoas na Câmara sabiam da falsidade dos documentos e deixou de reportar a irregularidade. O processo deve durar 60 dias e, após isso, será encaminhado para a Promotoria Criminal. Além disso, o Ministério Público foi notificado pela própria Câmara sobre o caso.
Ambos os funcionários demitidos trabalhavam no gabinete do vereador Boanerge (PTB), que se pronunciou sobre a fraude.
"A decisão de exonerar foi minha. Fiz para evitar desgastes. Mas houve um erro do RH na hora de apontar a veracidade do diploma. Qualquer vereador da casa não faz conferência de documentação quando a gente contrata um assessor. A gente direciona para o RH, que pede a documentação e confere. Inclusive quando fui presidente em 2019 fiz uma reforma administrativa que tornou obrigatória a exigência do diploma de ensino superior para o cargo", disse.
Continua depois da publicidade
Um ato da mesa diretora da Câmara, em 9 de fevereiro, reforçou no boletim legislativo a exigência da escolaridade e definiu critérios de comprovação de atendimento ao requisito na admissão de servidores.
Os agora ex-servidores poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso, que preveem penas como prisão e pagamento de multa.
Esta não é a primeira vez que a Câmara de Taubaté exonera servidores. Em 2019, quando o Ministério Público e a casa firmaram um acordo extra-judicial para exigir que todos os servidores possuíssem ensino superior, 14 servidores foram desligados de seus cargos por não atenderem a este requisito.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade