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Cotidiano
Tema da conversa foi apoio do PSOL à candidatura do petista ao Planalto
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Em relação à pesquisa anterior, divulgada em dezembro, Lula oscilou 0,6 ponto percentual para baixo | Antonio Cruz/Agência Brasil
O pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, se reuniu nesta terça-feira (1º) pela manhã com o ex-presidente Lula (PT). O tema da conversa foi o apoio do PSOL à candidatura do petista ao Planalto, segundo a reportagem apurou.
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O encontro ocorre no momento em que a esquerda está dividida em São Paulo, já que o PT vai lançar o ex-prefeito Fernando Haddad para o Palácio dos Bandeirantes. Há ainda a pré-candidatura de Márcio França (PSB) no campo progressista.
A reunião foi tratada como um encontro informal entre Boulos e Lula - os presidentes do PT e do PSOL não participaram. Ficou acertado que haverá nova reunião, dessa vez com os dirigentes dos partidos, para deliberar também a questão das candidaturas em São Paulo.
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"Hoje conversei com meu amigo Guilherme Boulos sobre a situação do país e os próximos passos da caminhada para recuperarmos um governo democrático e um projeto social e soberano para o Brasil", escreveu Lula em suas redes sociais.
"Agradeci o apoio e parceria do PSOL nos últimos anos e salientei a importância do partido não só na disputa eleitoral, mas no desafio de governar e construir um Brasil mais justo e solidário", completou.
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De acordo com políticos próximos a Lula, o ex-presidente conversou com Boulos sobre os apoios de partidos que tem buscado para a sua candidatura e quis saber sobre a situação no PSOL. O partido definiu por 56% a 44%, em um congresso realizado em setembro passado, que iria apoiar a campanha do PT e não iria lançar candidato próprio ao Planalto.
O PSOL tem, no entanto, exigências para o programa de governo petista, como a inclusão de pautas de esquerda -a revogação de reformas e do teto de gastos, a implementação de uma reforma tributária, políticas ambientais, entre outros.
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Boulos afirmou ao ex-presidente que a aliança poderia avançar a partir de fevereiro, quando o PSOL fará uma reunião de sua comissão executiva para tratar dessas questões programáticas.
Enquanto Lula fez um gesto de aproximação com o PSOL, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que prega uma candidatura própria do partido ao Planalto, também abordou o tema nas redes sociais nesta terça.
O partido deve marcar uma conferência eleitoral, em março ou abril, para colocar em votação novamente o apoio da sigla ao PT.
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"A conferência do PSOL vai decidir se o partido lança pré-candidatura ou apoia Lula no 1º turno. Eu fui indicado por 44% do partido pra essa tarefa. Hoje, não estou vendo movimentação entre os 56% que venha a modificar a decisão deles de abrir mão da candidatura própria", escreveu.
"Eu me mantenho firme, à disposição de camaradas que me indicaram pra debater o nosso programa, até o momento que acharem necessário", seguiu. "Depois de muito refletir, no recesso, a decisão é não ser candidato a reeleição pra deputado. Se o PSOL não tiver candidatura presidencial, sigo militando na base pra derrotar a extrema-direita e em defesa do socialismo."
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, Lula pediu o encontro com Boulos em meio a conversas entre petistas e psolistas a respeito das campanhas de Haddad e do líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Ainda nesta semana, Boulos também se reunirá com França.
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A avaliação entre membros do PT e do PSOL é a de que o cenário ideal seria a unificação das candidaturas ao Governo de São Paulo para evitar a fragmentação dos votos progressistas. Com a direita bolsonarista dividida e o candidato do PSDB, Rodrigo Garcia, sem destaque nas pesquisas, os partidos veem uma chance inédita para a esquerda no estado.
As negociações estão em aberto, e os dois pré-candidatos mostram disposição para o diálogo. Dirigentes de ambos os partidos já admitem, porém, ser possível que Haddad e Boulos se enfrentem no primeiro turno e se apoiem no segundo.
Petistas veem a candidatura de Haddad como a mais consolidada e com mais chance de vitória no campo da esquerda. Com o ex-prefeito à frente dos demais progressistas nas pesquisas, o PT não vê sentido em abrir mão dele por uma eventual federação partidária com o PSB ou para abrir espaço para Boulos.
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