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Cotidiano
O coordenador-executivo do Comitê Científico do estado de São Paulo fez a declaração nesta sexta e previu também uma possível 'situação mais tranquila' em março
28/01/2022 às 16:09 atualizado em 28/01/2022 às 16:12
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Movimentação de consumidores pela região da rua 25 de Março | Cris Faga/Folhapress
O coordenador-executivo do Comitê Científico do estado de São Paulo, João Gabbardo, revelou nesta sexta-feira que a organização prevê um pico de internações por Covid-19 no Estado em cerca de três semanas. A alta na ocupação de leitos é atribuída, na visão de Gabbardo, à variante ômicron do coronavírus.
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A autoridade informou ainda que está previsto uma possível “situação mais tranquila” em março, logo após o pico de ocupação hospitalar, justamente porque uma estabilização nos índices de internações é normalmente esperada após estes picos.
“Trabalhamos com a expectativa de que por duas semanas vamos aumentar muito o número de casos. Nosso pico de internações e uso de leitos de UTI deve ocorrer em três semanas e lá pelo dia 20 de fevereiro vamos começar a reduzir a ocupação de leitos”, explicou Gabbardo em entrevista à CNN.
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Ainda sobre as internações previstas, o coordenador explica que o perfil de pacientes difere daquele observado em outros picos da pandemia, a exemplo do período no qual cerca de 15 mil leitos de enfermaria e UTI foram habilitados em São Paulo para atender aos casos de Covid.
Atualmente, os cerca de 5 mil leitos existentes são utilizados também por pessoas que são internadas por outras doenças e que acabam se infectando pelo coronavírus, sobretudo porque a variante ômicron é muito contagiosa, explica. “A pessoa está com Covid mas não está no hospital por conta da Covid”, afirma.
Mesmo com a previsão de alta das internações nas próximas semanas, Gabbardo diz que lockdowns não estão em discussão no momento. Ao invés de medidas extremas, a ideia é habilitar mais mil ou 2 mil leitos a fim de atender os pacientes. “Não temos nenhum risco de desatendimento e desassistência”.
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Gabbardo falou ainda sobre a expectativa para o restante do ano e o futuro da pandemia. A autoridade acredita que a Covid-19 vá se tornar uma doença com vacinação anual, com imunizantes atualizados de acordo com o surgimento de possíveis novas variantes.
“A cada ano, teremos novas variantes do vírus. É bem provável que as pessoas tenham que tomar a vacina da Covid uma vez por ano, e talvez seja necessária apenas nos grupos de maior risco”, explicou.
“o [Instituto] Butatan esta estudando a possibilidade de incluir na vacina da Influenza esse vírus da Covid que tem circulado com maior intensidade, fazendo com que as pessoas estejam protegidas com uma única vacina”, concluiu o coordenador do Comitê estadual.
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