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Cotidiano
Segundo ela, suas clientes estavam sendo observadas por homens em quanto experimentavam roupas nos provadores
27/01/2022 às 15:31 atualizado em 27/01/2022 às 15:32
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Aviso proibindo entrada de clientes do sexo masculino | Arquivo pessoal
Uma comerciante e influenciadora, de 35 anos, deidiu proibir a entrada de homens na loja que possui em um shopping em São José dos Campos, no interior paulista. A medida foi tomada depois que ela tomou conhecimento de que várias clientes reclamaram que estavam sendo observadas por homens enquanto experimentavam roupas nos provadores.
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Andrea Costa é dona da Mr Luxos há 15 anos. Antes da proibição, ela disse que tentou diversas estratégias como montar um lounge com TV e videogame, além de servir bebidas alcoólicas, para que os maridos e namorados pudessem esperá-las em um espaço reservado, sem incomodar as outras pessoas.
"Mas eles não ficavam sentados, iam atrás das mulheres. Quando não era depreciando o corpo delas, era olhando para as outras clientes. Eles depreciavam com frases como 'nossa, isso está horrível em você'. Era daí para pior", relatou.
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Para a comerciante, a gota d'água foi quando alguns homens começaram a pedir para provar as roupas femininas –a loja só vende itens para mulheres. "As vendedoras sem reação deixavam, mas os caras só entravam para ficar vendo as clientes provando as roupas", afirmou. Um dos cartazes colados na entrada do estabelecimento avisa de forma irônica: "Homens, se não forem provar, esperem do lado de fora da loja."
Outro cartaz enumera os homens que não são bem-vindos. Além dos que depreciam os corpos das suas esposas e namoradas e olham para outras mulheres, também cita os que são "mãos de vaca" e os que vão até o estabelecimento com a esposa em um dia e com a amante em outro.
Andrea Costa acrescenta que possui um estúdio fotográfico dentro da loja, onde ela faz ensaios para as vendas realizadas pela internet. "E eles iam só para ficar olhando as modelos. Era uma situação muito chata. Já teve barraco de cliente meter a mão no cara dentro da loja porque ele estava em cima das modelos", exemplificou.
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"Já passamos muita, muita, muita coisa. Nossas clientes merecem um lugar seguro para que possam sair das cabines [do provador] e se olharem nós espelhos de toda a loja", disse.
Acima do cartaz que diz ser proibida a entrada de homens, há um outro que afirma que os pets são bem-vindos. "Os animas têm todos os mimos que merecem", afirmou ela.
Andrea Costa começou a medida há cerca de um ano, mas não de forma tão incisiva. "Eu explicava que era por conta da pandemia, tinha um limite de pessoas dentro da loja, mas não respeitavam". Em novembro, ela decidiu proibir de vez.
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Ela afirmou que a ação foi bem recebida pelas clientes mulheres que mandam mensagens a parabenizando. "Era constrangedor para nós, para as clientes, para as minhas funcionárias. Infelizmente foi o único jeito de trabalharmos", concluiu.
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