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Cotidiano

'É homem': mulher trans é constrangida ao perguntar por banheiro em SP

Irritada com a situação, Julie pediu para que chamassem o gerente e teve de ouvir mais uma vez que não poderia usar o banheiro das mulheres

20/01/2022 às 17:28  atualizado em 21/01/2022 às 15:09

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Julie postou na internet um desabafo sobre o caso

Julie postou na internet um desabafo sobre o caso | Reprodução/Redes sociais

Uma mulher transexual de 28 anos fez denúncia sobre o constrangimento sofrido em um restaurante da cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Julie Correia Araujo contou que, ao perguntar sobre o banheiro feminino do local, sofreu transfobia no momento em que um funcionário apontou para o masculino e disse que ela teria que usar aquele recinto, pois era um "homem".

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O triste episódio aconteceu quando a nutricionista e cabeleireira foi almoçar no estabelecimento após voltar da praia com familiares e amigos. No restaurante que fica na Avenida Conselheiro Nébias, no bairro Boqueirão, Julie e os primos foram até o caixa para pagar a conta no momento em que procurou pelo banheiro e recebeu a resposta inesperada.

"Eu dei boa tarde e perguntei onde ficava o banheiro feminino. Aí, ele falou assim para mim: 'você não pode usar o banheiro feminino, porque você é homem'. Sabe quando você não está esperando? Porque eu simplesmente perguntei onde era o banheiro. Poderia ser para mim, ou para qualquer outra pessoa. Eu não falei que era eu quem ia usar o banheiro", conta a moça em entrevista ao g1.

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Contrariada e chateada, ela diz que chegou a xingar o atendente de "babaca", e decidiu pedir para que chamassem o gerente do local. Neste momento, ouviu mais uma vez que não poderia usar o banheiro feminino. "Me disseram que era proibido. 'Você é homem'. Ou seja, ele reiterou aquilo que o funcionário tinha falado". Somente depois de insistir e brigar é que ela conseguiu usar o banheiro ao qual tem direito.

"Uma mulher que viu a situação até falou para eu ir, que era meu direito, me apoiando. Ele [gerente] estava me deslegitimando como mulher, porque, na concepção dele, eu não sou. Quer dizer que ele é quem decide se eu sou mulher ou não? Me senti constrangida", desabafa.

Julie é dona de uma página na internet na qual contou sobre o caso de transfobia e recebeu apoio dos seguidores. Ela conta que é muito cansativo ter que pedir todo dia para ser respeitada como mulher, e que vai entrar na Justiça contra o restaurante. O caso foi registrado no 7º Distrito Policial de Santos, e deve ser acompanhado pela Polícia Civil.

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Procurada pela reportagem para comentar o caso, a hamburgueria Surf Dog informou ao g1 que o responsável não irá se posicional a respeito do ocorrido.

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