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Cotidiano
Paulinho Oliveira chegou a ter um atestado de óbito emitido em seu nome pelo Hospital e teve de fazer o reconhecimento 'do próprio corpo' na unidade
29/12/2021 às 16:23 atualizado em 29/12/2021 às 16:28
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"Ainda não morri" diz o cantor, ao falar do erro do hospital | Reprodução/Instagram
Um engano ocorrido no Hospital Municipal de São Vicente fez com que um cantor de 40 anos fosse tido como morto e depois obrigado a fazer o reconhecimento de um corpo que foi atribuído a ele mesmo. A unidade teria confirmado a morte do artista por tuberculose. O caso aconteceu em São Vicente, no litoral paulista.
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Paulinho Oliveira levou com bom humor a situação inusitada depois que sua esposa foi chamada ao hospital para participar do reconhecimento do cadáver. O cantor fez algumas postagens nas redes sociais satirizando o ocorrido: "Não foi dessa vez".
O artista disse ainda que estava "muito vivo" e que chegou a receber uma declaração de óbito emitida pelos médicos. O texto conta com informações do g1.
"Sempre fui um cara mais alegre, então, fiz stories em um tom mais engraçado. Mas, a história não tem graça nenhuma, foi algo bastante grave, porque poderia ter causado danos irreparáveis na minha família", disse o artista.
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Em entrevista ao g1, Paulo relembra que estava com a esposa fazendo um passeio, quando ela recebeu uma ligação do Hospital Municipal pedindo para que ela comparecesse ao local com urgência. Eles se dirigiram ao local, mas o cantor preferiu esperar do lado de fora enquanto a esposa conversava com a equipe.
Ao chegar na área de Serviço Social, uma assistente disse que tinha uma notícia triste para ela: o marido havia morrido de tuberculose. Reagindo ao erro da notícia, a mulher disse que o marido estava vivo, esperando por ela no carro, do lado de fora da unidade.
O equívoco só foi esclarecido depois que Paulo foi até o hospital para contestar sua morte. Ele chegou a ter de fazer o reconhecimento de um corpo que supostamente seria dele. Até mesmo um atestado de óbito havia sido emitido com os documentos do cantor. Depois que a confusão foi desfeita, o artista satirizou o caso nas redes sociais.
'Nunca tive nada'
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Endossando que não morreu, Paulo agora quer garantir que todos entenderam que ele está bem de saúde. "Minha saúde está completamente bem. Um dia antes, até fiz show, tem tudo publicado", afirma. "Nunca tive nada, fui no Crei [Hospital Municipal] há mais de dois anos, faz muito tempo que não vou lá".
O corpo que foi atribuído a Paulo era, na verdade, de um homem em situação de rua, que foi encaminhado ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), já com o nome de Paulo. O rapaz não possuía qualquer documento físico, e ao chegar à unidade, o sistema teria usado os dados do artista para completar sua ficha médica.
"Agora, ficou a piada. Ligam aqui e pedem para falar com o 'finado' Paulinho", finaliza.
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O que fiz a Prefeitura de São Vicente
A gestão do Município informou em nota, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), que na manhã de domingo (26), o Samu foi acionado para atender a uma pessoa em situação de rua e que a vítima se identificou à equipe como Paulo Eduardo dos Santos - nome igual ao do artista.
O paciente resgatado acabou falecendo por tuberculose, conforme exames realizados. Mais tarde, conforme os protocolos gerais, o Hospital Municipal contatou o parente mais próximo para realizar o procedimento de reconhecimento de corpo. Posteriormente, verificou-se que o equívoco foi provocado porque os pacientes eram homônimos.
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A nota diz ainda que, após esclarecimento do caso, o corpo do homem em situação de rua foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação e busca por familiares. Por fim, o atestado de óbito emitido em nome do cantor foi cancelado e um novo documento foi emitido para o paciente resgatado pelo Samu. Uma declaração de óbito sem nome.
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