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Cotidiano
Ao tentar acessar a página do ministério na internet, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos
10/12/2021 às 14:16
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Vacinação contra a Covid | divulgação/Governo do estado do são paulo
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo decidiu suspender o encaminhamento de dados sobre vacinação contra a Covid-19 para o Ministério da Saúde depois de o site da pasta do governo federal ter sido invadido por hackers na madrugada desta sexta-feira (10).
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Ao tentar acessar a página do ministério na internet, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.
"Nos contate caso queiram o retorno dos dados", diz a mensagem.
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Recado de suposto grupo hacker apareceu no site do Ministério da Saúde Reprodução Texto com recado de ataque a site do Ministério da Saúde ** Minutos depois, o recado desapareceu, mas o site continuou fora do ar. A plataforma Conecte SUS, que fornece o certificado nacional de vacinação, também saiu do ar.
Segundo a secretária estadual, até o início da tarde desta sexta, não houve impacto nos registros e monitoramento da campanha de vacinação contra Covid no estado de São Paulo.
Porém, por precaução e "preservando a segurança da informação", o governo João Doria (PSDB) disse que "o envio de dados está temporária e excepcionalmente suspenso até que o Ministério da Saúde restabeleça seu sistema".
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Ainda não há previsão par que isso aconteça.
Segundo a secretaria estadual, no ano passado foi desenvolvida uma plataforma própria, a VaciVida, que emite certificado de vacinação digital como uma opção ao ConecteSUS.
"A plataforma estadual está funcionando normalmente e prevê a submissão rotineira e integralmente ao banco de dados federal", afirmou, em nota.
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Na cidade de São Paulo, o passaporte de vacina é exigido para eventos com mais de 500 pessoas. A comprovação é obrigatória também para entrar na Câmara Municipal. O mesmo vale nos fóruns do Tribunal de Justiça de todo o estado.
Além da VaciVida, uma alternativa ao Conecte SUS para apresentação do passaporte de vacina no estado de São Paulo é o aplicativo do Poupatempo. O documento digital traz informações sobre as doses, data da vacinação, o profissional que aplicou a injeção, nome e registro do local, fabricante e o número do lote da vacina aplicada. A ferramenta também permite a impressão.
No caso da capital paulista, a Prefeitura de São Paulo disponibiliza o aplicativo e-saudesp, também com informações das doses aplicadas.
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Outros estados também oferecem alternativas ao usuário.
Problemas Nas redes sociais, pessoas que conseguiram acessar o aplicativo do Conecte SUS relatam o sumiço das informações sobre vacinação.
Ao clicar no item vacinas, o app mostra a mensagem: "aguarde até 10 dias úteis para que seu registro de vacina apareça no ConecteSUS, caso não aconteça busque o estabelecimento de saúde onde você tomou a vacina e solicite o registro na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), do Ministério da Saúde".
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Há também relatos sobre dificuldade para fazer login e utilizar outras funções.
O problema no Ministério da Saúde ocorre em um período de pressão contra o governo federal pelo controle mais rígido das fronteiras, após a descoberta da variante ômicron do coronavírus. O governo Bolsonaro, no entanto, decidiu exigir apenas uma quarentena de cinco dias de viajantes não vacinados que entrarem no Brasil.
Uma análise preliminar da Polícia Federal constatou que não houve sequestro de dados do Ministério da Saúde. A hipótese principal das autoridades é a de que a ação criminosa foi motivada por ativismo político na internet, o chamado hacktivismo. Elas avaliam se teve perda de informações.
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Segundo peritos escalados para averiguar a situação, a conta usada para o acesso ao site do ministério foi identificada e, agora, está sendo rastreada.
O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou esperar encontrar e punir "exemplarmente" os autores do ataque. Ele também afirmou que a pasta tem como recuperar as informações.
"Mas esses dados não serão perdidos. O Ministério da Saúde tem todos os dados. É só uma questão de resgatar esses dados", disse à TV Globo.
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