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Cotidiano

TCE encontra 140 obras paradas no Estado de SP, somando R$ 1,4 bilhão

São creches, escolas, UBSs, hospitais e redes de abastecimento de água, entre outras

09/11/2021 às 15:25

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Obra do monotrilho da linha 17-ouro na avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo

Obra do monotrilho da linha 17-ouro na avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo | /Rubens Cavallari/Folhapress

Após ter apontado um total de 641 obras paradas em outubro, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) realizou um novo levantamento neste mês e encontrou pelo menos 140 canteiros de projetos com investimento previsto de R$ 1,4 bilhão em 113 cidades paulistas. 

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Essas obras são diversas, algumas são tocadas pelas prefeituras, e outras, pelo governo estadual, e englobam equipamentos de educação, saúde, infraestrutura e saneamento, tais como creches e escolas, unidades básicas e hospitais e redes de abastecimento de água, entre outros. Quase todas foram iniciadas há muito tempo e já deveriam estar prontas. 

A vistoria foi feita presencialmente no dia 21 de outubro último. Esta foi a primeira vez que os técnicos foram a campo após o início da pandemia, em março de 2020. 

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O objetivo foi o de analisar como estavam as condições dessas obras, se o dinheiro foi corretamente aplicado e quanto elas estão gerando de gasto com manutenção, conservação e segurança. 

Só na cidade de São Paulo os técnicos flagraram cinco obras paradas. A lista inclui uma rede de distribuição de água da Sabesp na Penha, zona leste; as obras de expansão da linha 17-ouro do metrô e uma escola. 

Duas obras ligadas à USP também estão paralisadas, segundo o tribunal: o hospital Cotoxó, ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina; e um auditório na faculdade, obra que é de responsabilidade da superintendência do espaço físico da universidade. 

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Procurados, os órgãos informaram que estão tomando providência para sanar os problemas apontados pelos técnicos do TCE. (leia abaixo) 

Avaliação Pelos dados levantados pelo órgão, essas obras sofreram aumento de 11,6% em relação ao valor original. Isso ocorreu devido à necessidade de aditamentos, que são complementos ao valor original para que elas pudessem ser realizadas. 

Apesar de estarem abandonadas, 68% do valor previsto já foram pagos. Apesar de inacabadas, em mais de 6 em cada 10 (60,7%) os contratos não foram interrompidos, mesmo com a obra paralisada. 

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Duas condições preocuparam em especial os técnicos que fizeram a vistoria. A primeira delas é que quase metade (47,85%) dos locais aparenta abandono, o que pode dar brecha para ocupações irregulares, atos de vandalismo ou colocar em risco segurança de terceiros. 

O segundo fator é que a maioria (57,14%) está exposta às condições climáticas, o que pode favorecer a deterioração, correndo o risco de terem de ser refeitas quando as obras forem retomadas.
Outro agravante é que em 73% não há nenhuma ação para preservar o local, tal como emprego de segurança patrimonial. 

Apesar de toda essa situação, em apenas 30% dos casos foram aplicadas sanções pelos contratantes das obras (estado ou prefeitura), conforme prevê a lei 8.666/93, que prevê normas para licitações e contratos por parte das administrações públicas. 

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O TCE afirmou que notificará as prefeituras e órgãos estaduais a respeito das irregularidades. 

OUTRO LADO 

Em nota, o Metrô, da gestão João Doria (PSDB), disse já ter retomado as obras da linha 17-ouro. Segundo nota enviada por sua assessoria de imprensa, a empresa afirmou que uma das primeiras medidas que tomou foi rescindir contratos paralisados de obra e compra de trens, realizando novas licitações e retomando os trabalhos. 

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Atualmente esses trabalhos consistem em colocação das vigas por onde passarão os trens, instalação de escadas rolantes das estações e conclusão do pátio de manutenção, além da fabricação das composições.
Também por intermédio de nota, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP afirmou que o Hospital Auxiliar do Xotoxó, chamado de HAC, começou a ser construído em 2013 e tem previsão de entrega para 2022. 

O contrato original, de R$ 67,4 milhões, ficou R$ 10 milhões mais caro (14,8%) e o projeto deve custar R$ 77,4 milhões. 

A instituição disse que a obra nunca foi paralisada, embora credite a pandemia ao atraso em sua realização. 

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A Sabesp afirmou que a obra da estação elevatória para bombeamento de água tratada foi iniciada em agosto de 2014, tinha como previsão de término setembro de 2016 e agora não tem data para ser concluída. Do contrato de R$ 12,2 milhões, já foram pagos mais de um terço, R$ 4,1 milhões. 

"Atualmente, a obra está paralisada porque a empresa contratada entrou com uma ação judicial pedindo a rescisão de contrato", afirmou a empresa.

A Sabesp disse ainda aguardar a finalização do processo judicial para dar continuidade aos trabalhos, com a elaboração de um novo orçamento e publicação de edital de concorrência. 

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A USP afirmou que a obra do auditório é da Fofito (Departamento Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional), da Faculdade de Medicina da USP. Ela teve início no dia em setembro de 2013 e sua conclusão estava prevista para agosto de 2014. 

A universidade disse que a crise financeira enfrentada pela instituição levou à paralisação da obra, em maio de 2014, com 54,29% do projeto já concluído. 

Agora, a obra está prevista para ser retomada apenas em 2022.

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