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Cotidiano
Agora presa, a mulher teria flagrado conversas entre seu marido e o padre; para mantê-las em sigilo, chegou a pedir R$ 20 mil ao religioso
03/11/2021 às 18:31 atualizado em 03/11/2021 às 18:32
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Diocese de Catanduva, em SP | Reprodução/Google Street View
Uma mulher foi presa sob a acusação de extorquir um padre após ameaçar tornar públicas as conversas íntimas descobertas por ela entre o religioso e seu marido. Ela solicitou valores a serem transferidos via Pix em troca de sigilo e preservação da imagem do padre da Diocese de Catanduva, cidade do Interior de São Paulo.
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A mulher chegou a receber um primeiro pagamento em junho, no valor de R$ 3 mil, segundo apurou a reportagem da TV Tem. As informações são do G1.
Mas as solicitações de dinheiro não pararam, conforme revelou a investigação da polícia, iniciada em setembro. Naquele mesmo mês a mulher teria solicitado ao padre mais R$ 20 mil a serem pagos imediatamente.
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"A princípio ela exigia que a vítima [padre] passasse um Pix de tal valor a ela, mas como a vítima disse que não possuía tal recurso de transferência, ela disse, via WhatsApp, que pegaria o dinheiro direto com a vítima", afirma o boletim de ocorrência incluído na investigação que segue na Justiça de Catanduva.
A vítima da extorsão decidiu denunciar o caso a polícia depois que recebeu o novo pedido de pagamento com valor acima das suas condições. O padre foi orientado pelos policiais a armar uma simulação do pagamento e marcar um dia e hora para fazer o pagamento à mulher.
A acusada contratou um mototaxista para buscar o dinheiro na casa padre. Mas ao chegar ao local, o rapaz contratado foi surpreendido pelos policiais afirmando que estava ali para retirar um documento com o padre, a mando de uma mulher.
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De posse de um envelope vazio, o mototaxista voltou à casa da mulher que, ao abrir o pacote onde esperava encontrar o dinheiro, foi presa em flagrante pelos agentes. Ela foi solta um dia depois a mando da Justiça, mas deve manter distância do padre e deve comparecer uma vez por mês ao Fórum para informar sua rotina.
O crime de extorsão, pelo qual a mulher responde, prevê pena de quatro a dez anos de prisão.
Procurada pela mesma equipe de reportagem, a Diocese de Catanduva afirma que orienta seus colaboradores a atuarem de forma transparente e regular.
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