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Cotidiano

Pizzaiolo é condenado a 12 anos de prisão por atear fogo em morador de rua

O julgamento popular foi realizado na última semana no Fórum de Santos

Matheus Herbert

23/08/2021 às 10:21

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Um morador filmou o crime e as imagens foram importantes para o esclarecimento do caso

Um morador filmou o crime e as imagens foram importantes para o esclarecimento do caso | Reprodução

O pizzaiolo Franciel Santos Silva foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela tentativa de homicídio contra o morador de rua Roberto de Oliveira Werner, que teve o corpo incendiado e lesões graves em dezembro de 2018 no bairro Embaré, em Santos. O julgamento popular foi realizado na quarta-feira (18) no Fórum de Santos.

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O processo tramita em segredo de Justiça e por causa da pandemia de Covid-19 os meios de comunicação não têm acesso ao plenário do júri. Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) divulgou o resultado, em nota, por meio de sua assessoria de imprensa.
Segundo o tribunal, a condenação foi por homicídio tentado qualificado por motivo torpe e com emprego de fogo.

A vítima atualmente reside no interior paulista, conforme apurou o Diário do Litoral.

Silva está preso preventivamente desde dezembro de 2018 e persistem, segundo o juiz Alexandre Betini, titular da Vara do Júri, os requisitos para a manutenção da custódia cautelar, “tendo em vista a violência empregada na tentativa de consumação do delito, o desassossego que o crime causou na sociedade, as graves lesões sofridas pela vítima e a existência de outros antecedentes em desfavor do acusado”.

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O homem admitiu o ataque na fase do inquérito e afirmou que suspeitava que o morador de rua tinha furtado o celular dele no final de semana. A reportagem não localizou a defesa do condenado na sexta-feira (20).

Na data do crime, o trabalho de apuração da autoria feito pelo 3º Distrito Policial (Ponta da Praia) foi ininterrupto, o que possibilitou o esclarecimento na mesma data.

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A investigação que resultou na prisão em flagrante foi feita sob o comando da delegada Edna Pacheco Fernandes, titular do 3º DP, da delegada Milena Sapienza, e do investigador-chefe, Adriano de Mattos, e contou com os policiais Orlando Rollo, Elias Neto e Renato Oliveira.

No hospital, a vítima disse aos policiais que o autor do crime foi um parente do dono de um salão de beleza.
Os investigadores localizaram o comerciante e ele reconheceu seu sobrinho nas filmagens como autor do crime.

O tio do pizzaiolo levou os policiais às imediações de onde o acusado residia, no Embaré, e disse que ele tinha um Peugeot. Porém, somente uma denúncia anônima apontou o exato endereço, na Rua Senador Dantas, e apontou que o Peugeot e a motocicleta do acusado estavam em frente à moradia.

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Silva estava em casa no momento da chegada dos policiais civis e logo confessou o crime. Ele disse que ateou fogo no morador de rua “por estar nervoso” pelo fato de acreditar que a vítima furtou seu celular.

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