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Cotidiano
Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco no Estado em um 1º semestre, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos
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Em números absolutos os Cartórios de São Paulo registraram 248.624 óbitos até o mês de junho | /Marcello Zambrana/Agif/Folhapress
Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco no estado de São Paulo em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano. Este é o primeiro semestre inicial que se passa totalmente durante a pandemia da Covid-19. A série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil em São Paulo começou a ser contabilizada em 2003.
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Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Os números foram cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
Em números absolutos os Cartórios de São Paulo registraram 248.624 óbitos até o fim do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 84,4% maior que a média histórica de óbitos no Estado, e 46,1% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses em São Paulo. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 60,9%.
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Com relação aos nascimentos, São Paulo registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o fim do mês de junho foram registrados 277.019 nascimentos, número 12,8% menor que a média de nascidos no estado desde 2003, e 5,3% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 12% em São Paulo.
O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no estado de São Paulo, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 182.927 nascimentos a mais, caiu para apenas 28.395 em 2021, uma redução de 84,5% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 76,8%, e em relação a 2019 foi de 82,3%.
"Com o Portal da Transparência, podemos visualizar a real condição que a sociedade está passando, como o grande aumento no número de óbitos e a diminuição dos nascimentos", comentou Luis Carlos Vendramin Junior, presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP). "Por meio da plataforma, o Poder Público pode fazer uma análise dos impactos da doença e trabalhar as políticas necessárias para atendimento à esta nova realidade populacional", concluiu.
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Fundada em fevereiro de 1994, a Arpen/SP representa os 836 cartórios de registro civil, que atendem a população em todos os 645 municípios do Estado, além de estarem presentes em outros 169 distritos e subdistritos, realizando o registro de nascimento, casamento e óbito das pessoas.
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