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Corpo do filhote foi enterrado na Praia da Armação | Instituto Argonauta
Um filhote de baleia jubarte (Megaptera novaeangliae)foi encontrado morto na praia do Jabaquara, região norte de Ilhabela, na última segunda-feira (28). Ele estava com o corpo enrolado em pedaços de rede de pesca. O animal foi deslocado pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha para a Praia da Armação para ser necropsiado para uma melhor avaliação da causa da morte do animal.
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Nesta terça-feira, a equipe fez a coleta do material e logo depois o animal foi enterrado na praia com o apoio da Prefeitura de Ilhabela ainda pela manhã.
De acordo com o presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, o filhote foi encontrado emaranhado em uma rede de cerco, “mas na necropsia não foi possível identificar a presença de água no pulmão, então não se pode afirmar que ele tenha morrido pela rede de pesca. Infelizmente, a pesca incidental acaba afetando os cetáceos em todo o mundo”.
A pesca incidental é quando o animal que é pego na arte de pesca não é objeto da pescaria, mas, cabe ressaltar que o sistema chamado cerco de pesca é um método artesanal de pescaria que seleciona o pescado, mas que baleias desorientadas, ou mesmo carcaças à deriva podem acabar se prendendo em sua rede.
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Ainda conforme Hugo Gallo, em geral, as jubartes migram da Antártica para a costa sul da Bahia durante o inverno para fins de reprodução e amamentação, em busca de águas mais quente e limpas e por isso são avistadas na região do Litoral Norte, um dos caminhos da sua longa trajetória.
Os filhotes acompanham o longo trajeto das baleias até a costa sul da Bahia e podem permanecer mais um tempo com sua mãe ou separar-se dela. O oceanógrafo destaca que mesmo que independente, o filhote não estará completamente desenvolvido. “Ele pode realizar até cinco migrações completas antes de atingir sua maturidade sexual, por volta dos quatro ou seis anos de idade”.
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Outra baleia
Ainda na segunda-feira, a equipe PMP-BS do Instituto Argonauta recebeu outro acionamento envolvendo uma baleia morta, em estado mais avançado de decomposição, boiando na altura da Praia da Almada, em Ubatuba.
Com o estágio avançado de decomposição não foi possível ainda identificar qual a sua espécie. O animal foi apoitado na Praia do Prumirim para que a equipe pudesse realizar uma avaliação mais detalhada.
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