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Cotidiano
Segundo especialista, tendência foi verificada sobretudo em condomínios residenciais das classes B e C
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Espaço comum para moradores transformado em coworking dentro de condomínio na capital paulista | /DIVULGAÇÃO
A pandemia do novo coronavírus transformou o mundo do trabalho, obrigando um número expressivo de trabalhadores a adotarem o home office. Para se ter uma ideia, um levantamento realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em junho, mostrava que o estado de São Paulo possuía cerca de 6,167 milhões de pessoas aptas a trabalhar de casa. Com tanta gente trabalhando remotamente, não foram apenas empresas e colaboradores que tiveram de se adaptar, os condomínios residenciais também foram forçados a realizar mudanças, transformando salões de festas em espaços de coworking (trabalho compartilhado).
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“Quando se fala em home office, a primeira coisa que nos vem à cabeça é como conciliar a rotina do escritório em nossos lares. Nem sempre temos um local específico para reuniões, uma internet de altíssima velocidade, uma cadeira anatômica e confortável, um computador de alta potência, etc. Às vezes a própria rotina do lar pode atrapalhar a concentração e produtividade, pois temos que conviver com os demais moradores, filhos, esposas, maridos, pets, cada um com sua particularidade. Assim, muitos administradores de condomínios resolveram disponibilizar as áreas comuns, como salões de festas, salões de jogos, rooftops, que estavam ociosas, para esses trabalhadores utilizarem como espaços de coworking”, explica o síndico profissional João Xavier, especialista em gestão condominial e implantação de novos condomínios.
De acordo com Xavier, a tendência é observada, sobretudo, em condomínios das classes B e C, nos quais os apartamentos costumam ser menores. Nos condomínios de alto padrão, diz ele, as plantas já costumam incluir um espaço de home office e muitos moradores já tinham familiaridade com o teletrabalho.
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Foco e concentração.
A maior parte das pessoas que adotam as áreas comuns do condomínio para trabalhar está em busca de foco e concentração, o que, muitas vezes, não é possível conseguir dividindo o espaço com crianças e pets, por exemplo.
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O administrador de empresas Gildo José dos Santos, de 47 anos, morador da região central da Capital, também buscava um maior rendimento no trabalho, quando, apesar de morar sozinho, resolveu pegar o elevador em direção ao térreo para trabalhar.
“Desde o início da pandemia, estou trabalhando remotamente e, dois meses atrás, comecei a trabalhar no espaço de coworking montado no meu prédio. Notei que meu rendimento melhorou 90%, pois em casa sempre tinha uma distração: a TV, o vídeo game, a cama, o sofá”, diz.
Sem clientes.
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Ainda que o home office esteja virando tendência, independentemente se o trabalho for no espaço comum ou dentro do apartamento do morador, Xavier esclarece que nem tudo é permitido nos condomínios, sendo que a principal proibição está em exercer atividades que necessitam receber pessoas.
“É preciso priorizar a segurança, portanto, não é permitido receber clientes, pois isso aumenta o fluxo de gente no condomínio, fragilizando a segurança.”
Varandas e reformas.
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Além da tendência de transformar os espaços comuns, o número maior de pessoas trabalhando em home office também fez aumentar a procura por apartamentos com varandas e também de pequenas reformas.
Um levantamento da plataforma Imovelweb mostra que a busca por imóvel com varanda cresceu 128% este ano, sobre 2019. Já dados da Pontte, fintech de crédito digital, identificou que a busca por crédito para reformas em casas, apartamentos e prédios comerciais cresceu 44% entre março, quando iniciou a quarentena, e julho.
Para quem opta pela reforma, contudo, o arquiteto Gustavo Pozzato tem algumas dicas:
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1-Apresente o registro de responsabilidade técnica de um profissional de arquitetura ou engenharia;
2- Avise síndico e vizinhos do período de duração das obras e também o jogo de plantas com as alterações que serão realizadas;
3-Faça registros fotográficos diários da obra – dessa forma, todos os passos ficam registrados e você evita futuras dores de cabeça.
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