Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Saiba o que muda com a autorização para o retorno das aulas presenciais no estado de São Paulo | Arte/Gazeta de S. Paulo
As aulas presenciais voltarão em 8 de setembro no estado de São Paulo, de acordo com anúncio do governador João Doria (PSDB). A medida dividiu opiniões de pais, alunos, professores e funcionários, em uma semana em que o Estado ultrapassou por duas vezes mais de 400 mortes no período de 24 horas pela Covid-19. Além disso, o retorno às salas de aula não é uma operação simples pela quantidade de gente envolvida. Da creche ao ensino superior, há 13 milhões de estudantes no Estado, ou 32% da população paulista.
Continua depois da publicidade
Segundo Doria, o retorno será feito de forma conjunta para todas as cidades paulistas, considerando que, em 8 de setembro, os municípios estejam na fase amarela de flexibilização da economia há pelo menos 28 dias. O protocolo completo deve ser revelado na semana que vem.
Os alunos voltarão às escolas de forma gradual. Na primeira fase, haverá a permissão de 35% dos estudantes em cada unidade de ensino. Continuará a existir atividades on-line. O intervalo deverá ser intercalado. Os horários de entrada e saída deverão ser fora do horário de pico. Professores e servidores precisarão passar por testes regulares. Não haverá mesas próximas. Competições esportivas, nem pensar.
Continua depois da publicidade
Os colégios particulares, que podem ter protocolos próprios, já estão se preparando para o retorno das aulas. A rede Luminova, com unidades em São Paulo e em Sorocaba, explica já estar preparado para receber os jovens. “Estamos prontos e devidamente adequados para o retorno das aulas presenciais, tanto é que até imaginávamos que elas voltariam já em agosto”, diz Luiz Magalhães, diretor acadêmico da Luminova.
A escola criou um protocolo de medidas de segurança. Entre elas, haverá seis diferentes horários de entrada e saída, em portões alternados; medição de temperatura nos portões; tapetes sanitizantes com hipoclorito de sódio nas entradas; cantina delivery para evitar filas durante o intervalo; entre outras medidas.
Os pais têm expectativas e necessidades diferentes, e o colégio, diz o diretor acadêmico, tenta contemplar a todos. “Há muitas incertezas e demandas entre as famílias, pois há pais que voltaram ao trabalho e não têm com quem deixar as crianças, além dos pais, em menor número, que estão receosos pelo retorno, mas que serão contemplados com o ensino remoto. Não vamos deixar de oferecer essa modalidade, justamente para atender as necessidades de cada família”.
Continua depois da publicidade
Deputado chama volta de 'irresponsável'
Entidades educacionais, sindicatos e lideranças políticas do estado de São Paulo se posicionaram contra a volta das aulas em 8 de setembro. De acordo com o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), o anúncio do governador João Doria foi "inconsequente e irresponsável", já que diversas regiões do Estado vivem um momento de aumento de casos da doença.
"O plano de retorno transforma nossos alunos e profissionais da educação em cobaias", disse o deputado, que chamou a medida de "genocídio de professores e servidores". Gianazzi também lembra que as entidades que representam os profissionais não foram consultadas, apenas as patronais e educacionais.
Continua depois da publicidade
Na semana passada, 42 entidades educacionais do Estado assinaram um documento coletivo contra o retorno das aulas. "Hoje não existem as menores condições para esse retorno e não há perspectivas de melhora nos próximos meses", diz Professora Bebel, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deputada estadual pelo PT.
"Escolas são locais de alto contágio. Foram as primeiras a parar e devem ser as últimas a voltar, somente no momento em que houver uma drástica redução da pandemia", finaliza Bebel.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade