70 famílias não têm previsão de voltar para casa em Taboão

As 70 famílias que precisaram deixar o prédio atingido pelo desabamento de duas casas em Taboão da Serra ainda não têm previsão de quando poderão voltar para seus apartamentos. O prédio foi atingido pelos escombros das casas que desabaram no começo de fevereiro. Atualmente a empresa contratada ainda realiza a limpeza do local.

Segundo o responsável pela obra, o engenheiro civil Wellington Medina, já foram retirados do local mais de 130 caminhões de entulho, mas não é possível determinar o fim da limpeza. "Está chovendo com muita frequência e quando chove muito perdemos o dia e ficamos dependendo do clima do dia seguinte", disse.

Ainda de acordo com Medina, o prédio não apresenta nenhuma avaria. "Está tudo tranquilo [com a estrutura]. Porém, por desencargo de consciência, iremos escorar o andar térreo antes de retirar 100% do entulho e será feita uma análise por um especialista em estrutura antes dessa liberação".

Sobre a data para que os moradores possam voltar para os apartamentos, o engenheiro não arrisca um prazo para a liberação. "Não temos uma data exata devido ao período chuvoso, porém o prédio só será liberado após toda a retirada de entulho, análise da estrutura e a construção de um muro de arrimo que será dividido em duas etapas".

O custo com a limpeza e obras está sendo pago pelos donos das casas e pelo construtor do prédio. A empresa responsável foi contratada para realizar a demolição, estabilização dos taludes e contenções.

Na época, a Defesa Civil de Taboão da Serra divulgou um balanço do número de desabrigados após o deslizamento de terra que derrubou parte de seis casas no Pq. Assunção. As famílias do prédio atingido pelos escombros, além dos moradores que perderam suas casas, chegam a 70 famílias e mais de 320 pessoas que precisaram ir para casa de parentes ou amigos.