São Paulo é criticado por tom agressivo em nota contra jornalista

O São Paulo foi criticado por meio das redes sociais na tarde desta quinta-feira após soltar uma nota para criticar o jornalista Gabriel Sá. O clube afirmou que as informações de Sá em relação à contratação do treinador Thiago Carpini eram “inverídicas” e “fake news”, e chamou o profissional de “blogueiro e influencer”.

Muitos apontaram para a agressividade do tom da nota contra o jornalista de 18 anos, conhecido por cobrir o dia a dia do clube e dar informações exclusivas pelo portal Arquibancada Tricolor. O profissional havia escrito nesta quinta-feira (11) que Carpini estava no estádio do Morumbi para negociar com o Tricolor - depois, corrigiu e disse que quem estava na sede do clube era o empresário do treinador. O São Paulo refutou ambas as informações.

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Após a confirmação da contratação de Carpini, outros torcedores questionaram o motivo da nota contra o comunicador. “Por que soltaram uma nota contra um jornalista que acertou [a contratação]?”, escreveu um deles.

A postagem do clube teve, até o momento da produção desta reportagem, 2,8 milhões de visualizações. Quantidade muito acima que o anúncio da contratação de Ferreirinha (1 milhão) e que confirmava a saída de Dorival Jr. rumo à seleção brasileira (2,2 milhões).

Houve uma especulação entre internautas e companheiros de profissão de Sá de se tratar de uma desavença antiga entre o profissional e alguém da direção do Tricolor Paulista.

Sá se defendeu

Em nota publicada em seu perfil no X (ex-Twitter), Gabriel Sá se defendeu e disse que a ação do São Paulo foi “um ataque ao livre exercício do jornalismo” e afirmou que foi uma tentativa de intimidação. Ele também indicou que o problema dele com parte da direção é antigo. Leia abaixo, na íntegra:

“A nota emitida pela direção do São Paulo Futebol Clube nesta quinta-feira é, novamente, um ataque ao livre exercício do jornalismo. Essa não é a primeira vez que sofro esse tipo de intimidação partindo da atual gestão do clube.

A informação publicada por mim sofreu a devida correção, como o bom jornalismo preza.

Lamento que o São Paulo FC, na figura de seus atuais dirigentes, tenha permitido um jogo tão baixo. Assim como foi feito no meu período de trabalho na Jovem Pan, quando por meio de uma ligação, foi solicitada a revisão do meu vínculo de trabalho com a emissora por conta de informações publicadas à época.

Soma-se isso ao fato de ser um dos poucos jornalistas que não tem acesso à zona mista do Morumbi em partidas oficiais do São Paulo, por razões estritamente pessoais de dirigentes.

Seguirei fazendo um jornalismo independente, permanecendo firme no propósito de levar informação confiável e de qualidade ao torcedor do São Paulo”.

*Assistente de redação, sob supervisão de Bruno Hoffmann