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Ronaldo desiste da presidência da CBF, mas como funciona para ser eleito?

Ex-jogador anunciou desistência em suas redes sociais após receber apoio de apenas quatro federações

Lucas Souza

12/03/2025 às 19:20  atualizado em 12/03/2025 às 20:06

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Ronaldo anunciou, nesta quarta-feira, em suas redes sociais que desistiu de se candidatar à presidência da CBF

Ronaldo anunciou, nesta quarta-feira, em suas redes sociais que desistiu de se candidatar à presidência da CBF | Reprodução

O ex-jogador e duas vezes campeão da Copa do Mundo Ronaldo Nazário, o Fenômeno, anunciou em suas redes sociais que desistiu de se candidatar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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Atualmente, o cargo é ocupado por Ednaldo Rodrigues, que recebeu o apoio de 23 das 27 federações estaduais, enquanto apenas quatro se mostraram abertas a ouvir as ideias de Ronaldo.

Em seu mandato, Ednaldo chamou a atenção após determinar restrições aos atletas da Seleção Brasileira, entre elas, cabelo pintado, brincos e até sem fones de ouvido ou música alta na chegada aos estádios.

Mas, como funciona as eleições para presidente da CBF? A Gazeta te explica.

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O sistema eleitoral da CBF concede o direito do voto para as 27 federações estaduais, aos 20 clubes da primeira divisão e aos 20 clubes da segunda divisão.

No entanto, os votos não possuem o mesmo peso: 

  • Federações: peso três (81 votos no total)
  • Clubes da Série A: peso dois (40 votos no total)
  • Clubes da Série B: peso um (20 votos no total)

Com isso, entende-se que aquele que tiver apoio das federações vence, por sua capacidade de acumular 81 votos, enquanto os clubes da Série A e B só chegam a 60.

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Caso Ronaldo

No caso do ex-candidato a presidente da CBF, sua desistência foi motivada pela perda automática de 69 pontos, pertencentes às 23 federações que recusaram ouvir suas propostas.

Em um mundo onde todas as federações aceitassem escutar suas ideias, Ronaldo ainda tinha que se adequar a alguns fatores caso quisesse chegar ao cargo máximo da CBF:

  • Ser desvinculado de qualquer clube, no caso o Valladolid, da Espanha;
  • Ter o apoio por escrito de quatro federações estaduais de futebol;
  • Ter o apoio de quatro clubes das séries A ou B para inscrever uma chapa;
  • Convencer o colégio eleitoral a votar em maior número em sua candidatura.

"No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição", explicou o Fenômeno, nesta quarta-feira (12/3), em suas redes sociais.

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Confira a nota na íntegra

“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.

Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.

No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.

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O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.

Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união”.

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