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Maior clássico do mundo do futebol, Brasil e Argentina coleciona inúmeras histórias curiosas, com o confronto existindo desde 1914 | Reprodução
Maior clássico do mundo do futebol, Brasil e Argentina coleciona inúmeras histórias curiosas, com o confronto existindo desde 1914. Mas, entre elas, a mais curiosa ocorreu há mais 108 anos, na primeira Copa América.
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Em 1916, um simples empate por 1 a 1 entre brasileiros e argentinos carrega uma história quase inacreditável, que seria inimaginável nos dias atuais: um gol marcado por um torcedor vindo da arquibancada.
O tento foi marcado por um jogador negro, figura muito representativa no futebol local da época, e ficou marcado na história. Saiba mais abaixo.
A rivalidade entre Brasil e Argentina havia acabado de começar. Após os dois primeiros jogos do clássico em 1914 (com uma vitória para cada lado), o terceiro jogo se tornou um dos mais bizarros da história.
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Em julho de 1916, a Argentina, que celebrava o centenário de sua declaração de independência, sediou a primeira Copa América.
Foi um quadrangular de turno único que a envolveu com Brasil, Chile e Uruguai no campo do Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires (que já havia sido sede de dois Brasil x Argentina de 1914), no fino bairro de Palermo.
Na estreia, uma vitória de goleada da Argentina em cima do Chile deixou o time empolgado para o segundo jogo, que seria contra a seleção brasileira.
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Contudo, uma notícia de última hora pegou a equipe de surpresa: Ohaco também não poderia jogar naquele 10 de julho de 1916. Desfalcado, o selecionado argentino precisava repor a ausência inesperada, e o fez de forma inacreditável.
Conhecido por alguns jogadores e presente como torcedor na arquibancada, "El Negro" Laguna, ídolo do Huracán, foi chamado para entrar em campo e defender as cores de seu país.
Com mais de 30 anos e com ingresso pago para assistir ao jogo, Laguna passou, de uma hora para outra, de um simples torcedor, para um titular da Argentina. Foi seu primeiro jogo defendendo a seleção.
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Sua escalação foi sugerida por Pedro Martínez, outro titular argentino, que era seu colega de equipe no Huracán.
E como se não bastasse ele estar em campo, aproveitou muito bem sua chance de ouro: com apenas 10 minutos de jogo, Laguna abriu o placar em cima do maior rival da história de seu país.
Cerca de 15 minutos depois, o Brasil viria a empatar a partida, que acabou com o placar em 1 a 1.
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A Argentina acabou a Copa América como vice-campeã, vendo o Uruguai vencer os brasileiros e os chilenos, e segurando um empate no último jogo em cima dos hermanos.
El Negro Laguna é considerado um dos maiores ídolos do Huracán, tendo jogado no clube praticamente desde sua fundação. Além disso, o atleta chegou também a ser presidente da equipe, de 1909 à 1911.
Outro momento memorável ocorreu em 1914, quando marcou o primeiro gol da história do estádio do Huracán, em uma vitória por 1 a 0 sobre o River Plate.
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Laguna voltaria a jogar pela Argentina apenas em 1919, para outras quatro partidas (e três gols) contra o Paraguai, em um 5 a 1 e três 2 a 1 a favor da Albiceleste em excursão pelo país vizinho.
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