Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Éder faz sinal de 'roubo' para José Roberto Wright | Arquivo Nacional
Uma matéria do jornal inglês The Guardian classificou uma partida de futebol como um dos jogos mais polêmicos em toda a história: Atlético-MG e Flamengo pela Copa Libertadores de 1981.
Continua depois da publicidade
Os ingleses destacaram esse episódio em sua coluna semanal, classificando-o como uma "farsa" e um dos momentos mais bizarros da história da competição.
A publicação também citou o livro Club Soccer 101, de Luke Dempsey, para descrever os acontecimentos daquela noite conturbada, reforçando como o jogo seguiu marcado pelo caos dentro e fora de campo.
No dia 21 de agosto de 1981, Atlético-MG e Flamengo se enfrentaram no estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela Copa Libertadores.
Continua depois da publicidade
A partida, marcada por decisões polêmicas da arbitragem, resultou na expulsão de cinco jogadores do Galo e na classificação automática do time carioca, que posteriormente conquistaria o título da competição e o Mundial de Clubes daquele ano.
A definição do local e da arbitragem já gerava discussões antes mesmo da bola rolar. Enquanto o Atlético-MG defendia a realização do jogo em São Paulo, no Morumbi, o Flamengo manifestava preferência pelo Serra Dourada.
A decisão final coube à Conmebol, que optou pelo estádio goiano. Além disso, a nomeação do árbitro José Roberto Wright foi alvo de contestação por parte do clube mineiro.
Continua depois da publicidade
O jogo começou tenso, com distribuição de cartões amarelos nos primeiros minutos. Aos 33 do primeiro tempo, Reinaldo, principal jogador do Galo, foi expulso após cometer falta sobre Zico.
A decisão gerou revolta entre os atleticanos e acendeu o estopim para uma sucessão de expulsões. Minutos depois, Éder recebeu o cartão vermelho ao trombar com o árbitro.
Na confusão que se seguiu, Chicão e Palhinha também foram retirados de campo, levando a Polícia Militar a intervir para conter os ânimos.
Continua depois da publicidade
Com cinco jogadores expulsos, o Atlético-MG ficou com apenas seis atletas em campo, abaixo do mínimo permitido, e o jogo foi encerrado por Wright.
A arbitragem declarou o Flamengo vencedor, o que gerou protestos por parte dos jogadores, dirigentes e torcedores mineiros. O caso foi levado à Conmebol, mas a entidade manteve a decisão e eliminou o Galo da competição.
Mesmo com a eliminação, o Atlético-MG tentou reverter a decisão judicialmente, mas sem sucesso.
Continua depois da publicidade
Enquanto isso, o Flamengo seguiu na competição, conquistando a Libertadores e, posteriormente, o Mundial de Clubes, ao vencer o Liverpool por 3 a 0, em uma das maiores campanhas da história do clube carioca.
Outra grande polêmica na história do futebol brasileiro aconteceu em 2005, quando o campeonato brasileiro estava sendo decidido por duas equipes: Corinthians e Internacional.
O escândalo conhecido como "Máfia do Apito" abalou o futebol brasileiro em 2005, quando um esquema de manipulação de resultados envolvendo os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon se tornou público.
Continua depois da publicidade
Segundo a investigação, eles recebiam dinheiro de apostadores para influenciar o desfecho das partidas, afetando diretamente a credibilidade do Campeonato Brasileiro daquele ano.
Como consequência, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anulou 11 jogos apitados por Edílson, que foram posteriormente remarcados, alterando a classificação final da competição.
Um dos momentos mais controversos desse campeonato ocorreu na partida entre Corinthians e Internacional, disputada no dia 20 de novembro de 2005, no Estádio do Pacaembu, válida pela 40ª rodada.
Continua depois da publicidade
Naquele momento, o Corinthians liderava o campeonato com 77 pontos, enquanto o Internacional estava na segunda posição com 74 pontos.
Uma vitória do Internacional igualaria a pontuação das duas equipes, aumentando a disputa pelo título nas rodadas finais.
O jogo terminou empatado por 1 a 1, mas ficou marcado por um lance polêmico. Aos 30 minutos do segundo tempo, quando o placar já estava igualado, o jogador Tinga, do Internacional, invadiu a área adversária e foi derrubado pelo goleiro corintiano Fábio Costa.
Continua depois da publicidade
O árbitro Márcio Rezende de Freitas não apenas deixou de marcar o pênalti, como também aplicou o segundo cartão amarelo a Tinga por suposta simulação, resultando em sua expulsão.
Esse episódio gerou grande indignação por parte dos jogadores, comissão técnica e torcedores do Internacional, que se sentiram prejudicados na luta pelo título. A anulação e remarcação de jogos devido ao escândalo da "Máfia do Apito" também influenciaram a tabela.
O Corinthians teve duas partidas anuladas e refeitas: contra o Santos, inicialmente derrotado por 4 a 2, mas vencido por 3 a 2 no jogo remarcado; e contra o São Paulo, de uma derrota por 3 a 2 para um empate em 1 a 1.
Continua depois da publicidade
Esses resultados contribuíram para que o Corinthians conquistasse o título brasileiro de 2005 com 81 pontos, enquanto o Internacional terminou com 78 pontos, ampliando seu jejum de títulos nacionais que já durava 25 anos.
Esses acontecimentos intensificaram a rivalidade entre Corinthians e Internacional, com torcedores e dirigentes colorados questionando a legitimidade do título corintiano de 2005, surgindo até a polêmica de um "DVD" feito pelo Colorado.
O episódio da "Máfia do Apito" e a polêmica partida entre as duas equipes são lembrados até hoje como momentos críticos na história do futebol brasileiro.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade