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Palmeiras detona CBF após auxiliar do clube ser acusado de xenofobia

Clube respondeu uma nota que a entidade fez criticando a declaração de João Martins e cobrou explicações sobre erros contra o Verdão

Leonardo Sandre

03/07/2023 às 14:08  atualizado em 03/07/2023 às 15:11

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João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras

João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras | Cesar Greco/Palmeiras

Após declarações duras de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, contra a arbitragem brasileira, a CBF soltou uma nota repudiando as falas do português e acusando o profissional de xenofobia. O Palmeiras respondeu a nota criticando decisões da arbitragem em jogos contra o Verdão nos últimos meses.

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O auxiliar do Palmeiras reclamou de um amarelo dado ao lateral Garcia, que acabou contribuindo para a expulsão do atleta no segundo tempo. Palmeirenses também ficaram na bronca pela não expulsão do zagueiro Zé Ivaldo, que acertou uma cotovelada em cheio no rosto de Endrick. Em suas falas, João Martins chegou a afirmar que o "sistema" estaria contra o Palmeiras e tentando impedir que o time ganhe o brasileiro novamente.

Em trecho de sua nota, a CBF afirmou: "Lamentamos profundamente o que se viu ontem por parte do auxiliar técnico do Palmeiras, João Martins, designado para a entrevista coletiva pós jogo. O ato lamentável foi muito além das reclamações semanais da arbitragem. O que ocorreu, de fato, foi um desfile de grosserias e uma tentativa infantil e até xenofóbica de reduzir a relevância do futebol brasileiro na Europa, mostrando inclusive desconhecimento do próprio campeonato que disputa, que já teve tricampeões, bicampeões, com vários times ganhando seguidamente." A entidade prometeu ir aos tribunais contra as declarações de Martins.

Veja a resposta do Palmeiras:

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"Diante da agressiva nota oficial divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Sociedade Esportiva Palmeiras propõe alguns questionamentos, sempre no sentido de defender os direitos do clube e contribuir com a melhora do produto futebol:

– Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?

– Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira?

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– Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?

– Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?

– Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?

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– Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?

– Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?

– Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?

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A Sociedade Esportiva Palmeiras, ao longo dos anos, sempre se preocupou em construir uma relação de saudável parceria com a Confederação Brasileira de Futebol. Há cerca de três semanas, a presidente Leila Pereira esteve na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), para conversar com Wilson Seneme, de quem ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem.

Na semana seguinte, o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Emerson Carvalho, e o gerente técnico do VAR, Periclés Bassols, chegaram a realizar uma palestra para os profissionais do clube na Academia de Futebol, também com a presença da presidente Leila Pereira.

Contudo, diante da nota oficial divulgada pela CBF e dos reiterados erros graves cometidos contra o Palmeiras, entendemos ser este o momento oportuno de demonstrar, em público, a nossa indignação. Não queremos ser beneficiados, mas exigimos que as regras sejam aplicadas com isonomia.

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Confiamos na independência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), evocado pela CBF, e temos convicção de que o órgão dará ao auxiliar João Martins o tratamento equilibrado que lhe compete."

Veja a declaração de João Martins:

"Ainda bem que sou eu hoje aqui. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem de que é o mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganhar. Foi mais uma vez o que se passou hoje. É ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos. O que aconteceu hoje foi uma vergonha. Como é que se condiciona um jogo aos três minutos?", comentou João Martins.

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"Não vale a pena amanhã ter o presidente mostrando frames e imagens para justificar incompetência e erros grosseiros que fazem quem trabalha mais diariamente ser prejudicado. Vamos lutar até o fim, é pra isso que somos pagos. Não vão nos calar. Podemos ser expulsos quantas vezes forem precisas. O que aconteceu hoje foi uma vergonha. Como que aos três minutos se condiciona um jogo? Depois vem justificar com faltinhas. O Palmeiras é o clube com menos lesões e esse ano vem tendo muitas lesões porque passam do limite, das regras do jogo, contra nós", desabafou.

"O juiz deu amarelo ao Garcia por retardar um lateral inacreditável. Na Europa não se vê jogos do Brasil porque muitas vezes parece mais teatro do que futebol. Aí depois deram o pênalti [para o Athletico-PR], bem marcado, e outro amarelo [para o Garcia], bem marcado, mas o jogo ficou condicionado no primeiro tempo com o amarelo ridículo, que só no Brasil acontece. Por isso que o futebol daqui lá fora tem pouca credibilidade. Falta transparência nesse futebol. Pode continuar nos expulsando, porque vamos lutar até a última gota de suor pelo bem do Palmeiras, pelo bem do futebol", completou o auxiliar técnico palmeirense.

*Estagiário, sob supervisão da redação

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