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Luan, do Corinthians, revela depressão profunda e morte de melhor amigo

Em entrevista ao "Podcast Denílson Show", o meia abriu o jogo sua trajetória no Corinthians e revelou "traição" de Vítor Pereira

Leonardo Sandre

03/07/2023 às 16:26  atualizado em 03/07/2023 às 16:50

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Luan reforçou que é corintiano de coração e se cobra muito por não ter conseguido render em seu clube de sonho de infância

Luan reforçou que é corintiano de coração e se cobra muito por não ter conseguido render em seu clube de sonho de infância | Reprodução/YouTube

Em entrevista ao "Podcast Denílson Show", no YouTube, o meia Luan, do Corinthians, abriu o jogo sua trajetória no Corinthians. O ex-camisa 7 do Timão revelou que se sentiu "enrolado" por Vítor Pereira, passou por depressão profunda após morte de melhor amigo e sofreu com diversas lesões "não divulgadas". Luan reforçou que é corintiano de coração e se cobra muito por não ter conseguido render em seu clube de sonho de infância.

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"Cheguei no Corinthians, estávamos bem, chegou muita gente. A gente foi para final do Paulista ainda [derrota para o Palmeiras na decisão], aí teve pandemia. O começo foi bom, me adaptei ao clube. Aí o time começou a não ficar tão bem, não consegui entregar meu melhor como foi no Grêmio e isso começou a mexer com a minha cabeça. Precisava saber o que estava acontecendo", disse Luan, que ainda em 2020 passou a ser reserva.

"Algo que mexeu muito comigo foi a perda do meu irmão, era meu parceiro desde os quatro anos de idade, a gente fazia tudo junto. No meio do ano perdi meu melhor amigo, e em dezembro meu irmão. Isso foi um choque. Quando comecei a jogar bola, a gente se separou. Ele estava envolvido em umas paradas, foi preso, viu um jogo meu depois de oito anos. Isso marcou muito. Juntou isso, veio a dúvida de não conseguir jogar, foi f***. Tive lesões, paradas que não eram só musculares. Não consegui treinar. Busquei ajuda, isso me ajudou bastante. Queria primeiro me recuperar como pessoa, meu primeiro objetivo era esse. Fiquei com a cabeça no clube e pensei que nada iria tirar meu foco", comentou.

Luan não teve muito espaço na chegada de Mancini ao Corinthians, mas no fim da trajetória do comandante e com a chegada de Sylvinho, o meia voltou a ter espaço. Jogador revela que chegou a fazer cinco infiltrações para conseguir jogar. "Em 2021, lembro que era o Tiago Nunes, aí veio o Mancini, não estava jogando, terminei 2020 sem jogar. No Paulista comecei a jogar com ele [Mancini], Sul-Americana, fiz gol, jogando bem. Aí ele caiu, veio o Sylvinho, comecei jogando, e no sexto, sétimo jogo, machuquei. Não aguentava andar. Saí, fiz cinco infiltrações para poder jogar, mas não aguentava. Não adiantava. Voltava a treinar e o Fábio Santos cansava de me zoar do jeito que eu andava. Parava, voltava, treinava com dor e ficava nisso, isso ia me f******. Não queria ficar fora, tentava treinar e não conseguia, mas ia para os jogos. Fiquei dois, três meses treinando com dor e cheguei a conclusão que estava batendo cabeça. Voltei a jogar depois de um mês e pouco, mas só ficava no banco. Em 2022, jogava um jogo ou outro, mas já estava bem, era opção", relatou Luan, lembrando também de seu período com Sylvinho.

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O meia revelou que jamais estaria satisfeito de ficar recebendo salário sem entrar em campo, mas que depende do treinador escalá-lo ou não.

Sobre Vítor Pereira, Luan revelou que recebeu falsas promessas do técnico, e chegou a recusar uma oferta do Bahia para dar a volta por cima no Timão. "Fui na fisiologia, busquei os treinos da semana e comparei com o restante do time. Todo treino eu era quem mais corria. Eu via que não ficava para trás de ninguém. Ele (VP) falou que eu não corria, então puxei os negócios. Teve um dia que bati na porta dele e falei com ele. Teve uma proposta, o City tinha comprado o Bahia e queriam me levar. Salário, tudo. Falei que não queria, queria fazer dar certo aqui, não é possível. Fui na sala dele, troquei ideia com ele. Falei da proposta e disse que queria ficar aqui, pedi oportunidade, 20 minutos que seja. Os números mostravam. Ele me enrolou, contou história triste, disse que ia me usar e tchau. Não estava jogando, não queria falar nada e ele começou a falar de mim na imprensa. Ficou tudo nas minhas costas, que eu não queria ir para o jogo. Tinha jogo que me levava e jogo que não. Quando não me levava, usava esse argumento. Não me arrependi de não ter ido para o Bahia", comentou.

Luan tem contrato com o Timão até o fim dessa temporada. Ele não joga pelo clube desde fevereiro do ano passado. Na entrevista, o meia disse que sua maior vontade é voltar a atuar:

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"É a pior coisa para um jogador, ainda mais na situação que eu estou. Muitos pensam: está ali treinando, recebendo, está tudo certo, de férias. É completamente diferente. Eu treino no clube de manhã e à tarde eu treino na academia. Sempre separado do grupo, em horário alternativo", disse.

Segundo o atleta, ele está em plenas condições de jogar:

"Quando voltei [de empréstimo ao Santos] e vi que estava treinando separado, eu falei: beleza, se depende de mim, vou fazer minha parte. A minha parte estou fazendo, estou bem, preparado psicologicamente e fisicamente. Se precisar amanhã, estou pronto, pode botar lá".

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*Estagiário, sob supervisão da redação

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