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Julio Casares avalia sua gestão no SPFC e garante Ceni para 2023

Derrotar o Independiente del Valle garantirá vaga na Libertadores de 2023; a final ocorrerá neste sábado, 1º de outubro, em Córdoba, na Argentina

Leonardo Sandre

30/09/2022 às 15:25  atualizado em 30/09/2022 às 15:36

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O presidente não levou a sério a frase do treinador de que, se houver derrota em Córdoba, a diretoria poderá demiti-lo sem pagar multa rescisória

O presidente não levou a sério a frase do treinador de que, se houver derrota em Córdoba, a diretoria poderá demiti-lo sem pagar multa rescisória | Érico Leonan / São Paulo FC

O São Paulo está a 90 minutos de conquistar o seu primeiro título internacional de expressão desde a própria Sul-Americana de 2012. Também seria a segunda vitória da gestão Casares. O clube foi campeão paulista de 2021 ao bater o Palmeiras na final. A final da Sula ocorrerá neste sábado, 1º de outubro, em Córdoba, na Argentina.

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Derrotar o Independiente del Valle vai significar vaga garantida na Libertadores de 2023, algo que parece complicado pelo Campeonato Brasileiro. O São Paulo está em 12º na tabela do campoenato nacional.

"Pode ser um divisor de águas. [O título] é algo que não estava no nosso radar porque fazemos um trabalho de reconstrução do São Paulo. Queremos ter um time competitivo, mas não tínhamos uma visão de campeão. Não tínhamos como fazer um supertime. O título daria um alívio. Porque o dirigente não comemora. Ele fica aliviado conforme o resultado", brinca Júlio Casares.

A final e a possibilidade de título chegam uma semana depois de Casares ter saído vitorioso no episódio mais polêmico de sua administração até agora. Assembleia de sócios aprovou mudança estatutária que permite a reeleição. Isso significa que ele poderá concorrer a um novo mandato no final do próximo ano. Para seus adversários, trata-se de um golpe. Um casuísmo, porque o dirigente teria legislado em causa própria.

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"Foi um requerimento de 98 conselheiros [que pediram a reeleição]. Eu não assinei. É um processo extremamente democrático. Como é golpe se teve votação em várias situações?", ressalta, citando aprovações em comissões do clube, no conselho deliberativo e, por fim, entre os sócios.

O seu discurso é que o pior já passou, o que também é empregado por mandatários de outras agremiações em dificuldades financeiras, como Santos e Corinthians. Acredita que 2023 será menos difícil porque a dívida, que avalia ser de R$ 695 milhões, está "equilibrada".

Casares garante que o valor caiu 5% desde que assumiu o cargo, em 2021.

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"O importante é equilibrar e, mais do que isso, fazendo um time competitivo. Porque estamos disputando campeonatos e investimos no futebol enquanto diminuímos em 5%. Tudo isso sinaliza um 2023 melhor", comemora.

O São Paulo chega à final da Sul-Americana com um pagamento de direitos de imagem atrasado do elenco e "algumas pendências", de acordo com o presidente. Os cerca de R$ 97 milhões que o clube vai receber, mesmo que parcelados durante cinco anos, pelos direitos de clube formador na venda de Antony do Ajax (HOL) para o Manchester United (ING) vão ajudar a colocar a casa em ordem.

Casares jura que tudo isso vai ocorrer com a presença de Rogério Ceni. O presidente não levou a sério a frase do treinador de que, se houver derrota em Córdoba, a diretoria poderá demiti-lo sem pagar multa rescisória. "Não há chance disso", afirma o cartola.

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Tanto que ele e Ceni se reuniram nesta semana para começar a traçar o planejamento da próxima temporada. Há a necessidade de antecipar a estratégia porque o futebol vai parar entre novembro e dezembro por causa da Copa do Mundo.

"Ele é um cara muito obstinado e quer ganhar, como todos nós. É uma coisa pessoal dele. Mas o Rogério vai continuar. Tanto que renovamos o contrato dele", diz o presidente, citando o novo acordo, assinado em julho, que vai até o final de 2023.

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