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Jogo com mais faltas na história foi clássico entre times de SP; conheça

Confronto acabou com 105 faltas, com média de uma infração a cada 51 segundos de bola rolando

Leonardo Sandre

26/03/2025 às 19:39  atualizado em 26/03/2025 às 22:02

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O Dérbi Campineiro, em 1999, foi o jogo com mais faltas na história do Brasil

O Dérbi Campineiro, em 1999, foi o jogo com mais faltas na história do Brasil | Francio de Hollanda/Folhapress

Que futebol é um esporte de contato não é novidade para ninguém. Em jogos mais pesados, especialmente em grandes clássicos, a rivalidade fica à flor de pele e os adversários acabam cometendo mais faltas que o comum.

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Porém, o recorde de jogo mais faltoso da história do futebol brasileiro é de uma rivalidade história entre dois times do estado de São Paulo, mais precisamente de Campinas: o Dérbi Campineiro, entre Guarani e Ponte Preta. O jogo em questão ocorreu em 1999.

Abaixo, veja mais detalhes do confronto e do número elevado de faltas.

O jogo com mais faltas

Protagonistas de uma rivalidade histórica, Guarani e Ponte Preta já se enfrentaram diversas vezes no clássico conhecido como "Dérbi Campineiro". Mas um jogo em 1999, foi um destaque especial entre Bugre e Macaca

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Não à toa, o clássico é conhecido como o "Dérbi das 100 faltas". O árbitro Paulo César de Oliveira, hoje comentarista da Rede Globo, anotou 105 infrações na partida.

A partida ocorreu no dia 18 de agosto de 1999, no estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta. O confronto, válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, acabou empatado por 0 a 0.

O clássico foi tumultuado do início ao fim, com confusões dentro e fora do estádio, envolvendo até o gandula.

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A média de faltas foi de uma a cada 51 segundos de bola rolando, entrando para a história como o “dérbi das 100 faltas”. Segundo relatos daquele dia, o Guarani cometeu 55 infrações contra 50 da Ponte Preta.

Críticas ao juiz

Recheado de polêmicas, o jogo rendeu muitas críticas ao árbitro Paulo César de Oliveira, que não marcou duas penalidades claras, uma para cada lado.

Anos depois, o próprio juiz reconheceu que sua atuação na partida "deixou a desejar".

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Briga com gandula

Conforme relatos de pessoas presentes no duelo, um gandula chegou a apanhar dos jogadores do Guarani.

Tudo teria se iniciado após o gandula se recusar a entregar a bola para os atletas bugrinos se aquecerem. Quando ele foi buscar uma bola que escapou e ficou próxima ao banco de reservas, foi puxado pelos jogadores, que distribuíram alguns pontapés.

Atordoado, o gandula foi ao encontro do técnico do Guarani, Carlos Alberto Silva, que rapidamente chamou o árbitro. Após isso, o gandula deixou o campo detido pela polícia.

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Opinião de jornalista

Paulo do Valle, jornalista da Rádio Bandeirantes e torcedor da Ponte Preta, comentou sobre a rivalidade e este clássico em questão.

"Apesar de ser um Dérbi que virou sinônimo de jogo feio, ele faz parte de uma era que os dois times ainda eram competitivos no cenário nacional. Ambos se classificaram pro mata-mata do Brasileirão, a Ponte com a 4ª melhor campanha, com aquele que foi o melhor conjunto que já vi na Ponte Preta com Fábio Luciano, Ronaldão, Mineiro, Piá, Vander e cia. O Guarani revelando Dracena e Renatinho. Mais de 20 mil pessoas pra um Dérbi, ainda com duas torcidas. Era um auge incrível", recordou.

Ele ainda afirmou que esta fase da Ponte Preta foi essencial para sua paixão pelo clube. Recordou das quartas de final desta edição do Brasileirão, disputada contra o São Paulo. "Foi épico".

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"Ótimos tempos, apesar desse encontro acidentado entre os rivais. Faz parte de uma imaginário que talvez não volte mais", finalizou.

Detalhes dos times

Mais de 22 mil torcedores estiveram no estádio para acompanhar o dérbi.

Para o confronto, a Ponte Preta entrou em campo com: Alexandre Fávaro, Daniel, Fábio Luciano, Ronaldão e Misso; Roberto, Mineiro, Piá e Vânder (Samuel); Claudinho (Régis) e Narcísio. Técnico: Marco Aurélio Moreira.

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Já o Guarani teve: Gléguer, Marinho, Marcelo Souza e Edu Dracena; Rafael, André Gomes, Valdir Souza (Silvinho), Renatinho (Everaldo), Luiz Fernando e Rubens Cardoso; Badico (Betinho). Técnico: Carlos Alberto Silva. 

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