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Gabi Portilho brilha, marca gol e Brasil bate França mesmo sem Marta em campo

Seleção feminina de futebol agora vai encarar, novamente, a Espanha

LG Rodrigues

03/08/2024 às 18:11  atualizado em 03/08/2024 às 18:19

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Mesmo sem Marta, Brasil conquistou vitória contra a França em Paris

Mesmo sem Marta, Brasil conquistou vitória contra a França em Paris | Rafael Ribeiro/CBF

Parecia impossível, ou ao menos uma tarefa muito difícil, mas a seleção feminina de futebol conseguiu, com gol de Gabi Portilho e ausência de Marta, vencer as anfitriãs neste sábado (3) e vai agora encarar, novamente, a Espanha nas semifinais das Olimpíadas de Paris.

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A partida

A seleção brasileira começou o jogo 'pilhada'. Tanto que, com menos de um minuto de jogo, já havia saído um cartão amarelo para o Brasil em um lance no qual a meia Jheniffer ergueu o pé demais em uma disputa de bola.

As brasileiras abusaram de jogadas pelas pontas até os primeiros dez minutos e levaram perigo com Gabi Portilho que chegou a aplicar linda caneta em sua marcadora antes de completar cruzamento para a área que foi desperdiçado por Gabi Nunes.

O empenho canarinho, entretanto, não foi suficiente. Com a marcação forte no meio de campo, as francesas furaram a defesa após ter ajuda de uma falha brasileira. Depois de disputa de uma bola área no campo defensivo das meninas do Brasil, a bola sobrou para Cascarino dentro da área do Brasil e a atleta foi derrubada por Tarciane: pênalti.

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Após longa verificação e confirmação do VAR, Karchaoui foi para a cobrança e, pela segunda vez nas Olimpíadas, a goleira Lorena salvou a seleção em uma penalidade e foi buscar o chute no canto direito inferior, segurando o placar em 0 a 0.

As francesas sentiram o balde de água fria e as brasileiras se aproveitaram da oportunidade para controlar mais a partida, que ficou mais morna e faltosa com a chegada à marca de 20 minutos de jogo. Apesar disso, a seleção canarinha seguiu errando muitos passes, mas mantendo a marcação forte ao mesmo tempo em que buscava um contra-ataque.

O clima de nervosismo ultrapassou até mesmo as quatro linhas e o técnico francês Hervé Renard foi amarelado após reclamar de um outro cartão da mesma cor, esse direcionado à atacante Katoto, após disputa no meio de campo.

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As torcidas só voltaram a se levantar na marca de 39 minutos. Em cobrança de escanteio, as francesas jogaram a bola dentro da pequena área de Lorena e, de cabeça, a zagueira Mbock deu praticamente um tiro contra a meta verde e amarela, mas a bola explodiu no travessão e saiu da área, para alívio tupiniquim. O susto deixou a partida mais franca e ambas equipes foram ao ataque com tudo, mas acabaram esbarrando nas zagas adversárias, que seguraram o 0 a 0 até o intervalo.

Segundo tempo

Sem mudanças para a segunda etapa, o Brasil quase abriu o placar com menos de um minuto. Em um primeiro lance, Adriana quase marcou o gol de desempate em um cruzamento fechado, mas parou em defesa esquisita, mas eficaz, da goleira Picaud. Ainda no mesmo lance, Yasmim recuperou a posse, cruzou na área, mas Jhennifer mandou de cabeça para fora.

A seleção canarinha teve seu primeiro desfalque aos 6 minutos, quando a zagueira Rafaelle sentiu uma lesão e precisou ser substituída pela também defensora Tamires.

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Aos 13 minutos, a França voltou a assustar o Brasil com jogadas aéreas. Do lado direito do campo, Cascarino achou Katoto bem posicionada na grande área e cruzou para a atacante, que, sem marcação, cabeceou por cima da meta de Lorena. Preocupado com a falta de criação brasileira no segundo tempo, o técnico Arthur Elias decidiu mudar e colocou Angelina e Kerolin nos lugares de Duda Sampaio e Gabi Nunes.

A mudança deu certo, e, no primeiro lance após as substituições, aos 18 minutos, Kerolin bateu a carteira de Wendie Renard na grande área e tocou para Gabi Portilho, que chutou cruzado, mas a bola foi para fora e passou à direita das traves da goleira Picaud, que só pode rezar.

Não querendo ficar atrás, Renard também mudou aos 24 minutos e colocou Diani no lugar de Baltimore, mas a substituição pouco mudou o jogo francês nos primeiros minutos após a troca.

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Aos 28 minutos, entretanto, Lorena voltou a ser exigida. Katoto e Geyoro tabelaram pelo lado esquerdo do campo e a bola chegou para Cascarino, que acertou belo chute de direita após driblar parte da zaga brasileira e que foi salvo pela goleira canarinha. Aos 33, a árbitra distribuiu cartões amarelos para as brasileiras: o primeiro foi para Tamires após falta em Cascarino. Já o segundo foi para Karolin por reclamação. Na cobrança, Cascarino jogou a bola na área, mas Lorena afastou o perigo sem grande trabalho.

O gol

Com o jogo aberto e ambas equipes tentando atacar, foi, felizmente, o Brasil quem se mostrou mais eficaz. Aos 36 minutos do segundo tempo, após cobrança de lateral, e disputa no meio de campo, a bola sobrou no meio da defesa francesa, e, depois de brigar ombro a ombro com as adversárias, Gabi Portilho levou a melhor, carregou a bola e tocou na saída de Picaud, que nada pode fazer: 1 a 0 para a seleção brasileira.

Desesperado para recolocar o time no jogo, o técnico Hervé Renard, que sorria poucos segundos antes do gol brasileiro, sacou Toletti e colocou Sommer em campo. De olho nos cartões, Arthur Elias também mexeu e tirou a amarelada Jheniffer para colocar Ludmilla e também sacou Thais para botar Lauren na partida.

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Daí para frente, o Brasil precisou saber sofrer e tomou pressão durante o fim da partida toda para o ataque francês, mas teve, também, a chance de matar a partida mais uma vez com Gabi Portilho, que tomou a bola após vacilo das adversárias, mas carimbou a trave de Picaud.

Acréscimos

Para revolta brasileira, a árbitra aparentemente gostou da partida, e concedeu incríveis 16 minutos extras ao fim do segundo tempo. O clima rapidamente esquentou e atletas de ambos lados se estranharam após cobrança de lateral que teve mãos sobrando para todo lado. Com isso, Diani e Gabi Portilho levaram um cartão amarelo cada.

De olho no cronômetro, a partida ficou mais truncada e as brasileiras tentaram, a todo momento, jogar com o tempo que estava a seu favor. Do lado francês, Elisa saiu para a entrada de Dali, o que deixou a seleção anfitriã mais ofensiva. A ideia quase deu certo aos 54 minutos, quando Mbock finalizou após bate e rebate dentro da área, mas a bola ficou com Lorena.

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Daí para frente, foi só sofrimento brasileiro, mas as meninas do Brasil conseguiram segurar a pressão e confirmaram a vitória.

Agora a seleção brasileira e voltará a encarar a Espanha nas semi-finais.

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