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Esportes
Atleta, que estava com o carro grampeado pela polícia, chega a dizer que ele e seu amigo "dariam um soco na cara dela"
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O jogador brasileiro foi condenado em última instância no país europeu a nove anos de prisão por estupro. Não existe mais possibilidade de recurso | Divulgação Santos FC
O portal UOL teve acesso a áudios de Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos na casa noturna Sio Café, em Milão, na Itália, em 2013, em que o ex-jogador conversa com um amigo e planeja como responderia a acusação. O atleta chega a confirmar que houve penetração e que "dariam um soco na cara dela".
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Além do ex-atacante, Ricardo Falco, Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes da Silva, todos amigos de Robinho, também foram acusados pela mulher albanesa.
*Atenção, as falas expostas abaixo possuem conteúdo sensível.
Na conversa com o amigo Ricardo Falco, gravada com escuta policial no carro do ex-atacante em 24 de abril de 2014, Robinho falou sobre agredir a vítima. "A mina sabe que tu não fez po* nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: 'Po*, que que eu fiz contigo?."
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Na sequência do papo, Robinho, que é chamado de 'Neguinho' pelos amigos, confirmou que teve relações sexuais com a vítima. "Vamos chutar errado: 'Ah, deu alguma coisa, descobriram que o Ricardo participou, que o Neguinho comeu a mina.' 'É, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá'", afirmou.
Robinho e Ricardo Falco foram os dois únicos condenados pela Justiça italiana, que considerou que a vítima estava inconsciente e incapaz de consentir a relação sexual. Os demais acusados não foram encontrados para receber a acusação e acabaram ficaram de processo do processo. Atualmente, todos vivem no Brasil.
Em um dos áudios, Robinho confirma que a vítima não tinha condições de defesa. "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou (...) Tem que ver quem transou com ela e como que era o estado dela. Ela tava muito louca", afirma Robinho em outro trecho", afirmou o brasileiro.
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"Eu vi o Rudney rangando ela e os outros cara rangando ali. Então os caras que rangaram ela vão se f***. Ninguém vai dizer que vocês fez porra nenhuma com a mina, nem tu nem o Jairo. Pros moleque vai, pro Seu Claytinho, pro Seu Galan, pro Seu Alex. O Galan não, ele não fez nada, mas se a mina botou o nome dele, vou fazer o quê? Agora Claytinho, Rudney e Alex, tá morto", completou.
Sobre o crime
O caso ocorreu na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, em uma casa noturna de Milão.
Segundo investigação do Ministério Público, Robinho, Falco e outros quatro brasileiros praticaram violência sexual de grupo contra a vítima, que foi embrigada por eles e, inconsciente, levada para o camarim do estabelecimento, onde foi estuprada várias vezes. Por terem deixado a Itália durante a investigação, os outros quatro homens não puderam ser notificados, e o caso deles foi desmembrado do processo.
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A acusação foi baseada no depoimento da vítima e em conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça italiana, incluídas como provas no processo. Em novembro de 2017, Robinho e Falco foram condenados na primeira instância, em Milão, por estupro coletivo, segundo os artigos 609 bis e 609 octies do código penal italiano, que determina prisão de 8 a 14 anos. À época, Robinho jogava no Atlético-MG.
Os advogados de defesa recorreram, e um novo julgamento foi realizado em dezembro de 2020, quando a sentença foi confirmada pela segunda instância.
Pouco antes, em outubro de 2020, o Globoesporte.com revelou o conteúdo das escutas telefônicas. Nelas, Robinho e amigos deixam evidente que sabiam que a vítima estava inconsciente. Em uma das falas mais explícitas, o atacante diz: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".
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