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A única vitória do Corinthians fora do território nacional em um mata-mata de Libertadores foi em 1996, contra o Espoli, do Equador | Antônio Gaudério/Folhapress
Um dos principais clubes do futebol brasileiro, o Corinthians tem um retrospecto muito negativo quando o assunto é disputar partidas eliminatórias de Libertadores fora do Brasil.
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Desde 1991, o Timão fez 18 jogos eliminatórios como visitante fora de seu país. Venceu apenas uma vez, empatou sete e perdeu 10, um aproveitamento baixíssimo de 18,5%.
A única vitória do Corinthians fora do território nacional (nessa circunstância) sequer foi quando a equipe acabou como campeã, de forma invicta, em 2012. Na verdade, foi muito tempo antes, em 1996, e o retorno quase acabou de forma trágica.
Nos 18 jogos que o clube do Parque São Jorge fez fora do Brasil, o Timão visitou sete países: Argentina, Equador, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Chile.
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O país que o time mais visitou foi a Argentina, onde teve cinco derrotas e dois empates.
Até no ano em que o Corinthians foi campeão da Libertadores, em 2012, a escrita se manteve: dois jogos eliminatórios fora do Brasil, com dois empates.
Veja o retrospecto:
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A única oportunidade em que o time conseguiu sair como vencedor foi em 1996, quando enfrentou o Deportivo Espoli, por 3 a 1, em jogo válida pela ida das oitavas de final do torneio.
O adversário era um clube modesto, fundado pelos policiais do local, que participou da competição somente naquele ano, por ter sido vice-campeão nacional no ano anterior.
O time estrelado do Timão, que tinha nomes como Ronaldo Giovanelli, Zé Elias, Marcelinho Carioca, Edmundo e Tupãzinho, saiu vitorioso sem grandes dificuldades. Na volta, no Brasil, venceu por 2 a 0 e assegurou a classificação.
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Na fase seguinte, acabou eliminado para o Grêmio, o Tricolor Gaúcho.
Após o triunfo no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, em 1º de maio de 1996, o Timão viveria um dos momentos mais tensos e quase trágicos de sua história.
O avião que levaria a delegação toda para casa caiu após levantar voo, acabou pegando fogo e saiu da pista do aeroporto local.
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Um dos grandes ídolos da história do Corinthians, Zé Elias revelou bastidores da viagem ao país. Ele lembrou que o avião já não inspirava confiança desde a ida, ainda em São Paulo.
"O avião tinha cheiro de mofo. Você batia nas poltronas e saía pó”, relembra o Zé da Fiel. “Na hora do pouso lá em Quito foi bem feio, porque ele pousou de lado. Aí jogamos, eu tive uma torção no tornozelo e uma luxação no dedo da mão" disse ele ao portal Lance!.
No momento do retorno, houve um atraso que incomodou o elenco.
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"Na hora de voltar, houve uma demora danada porque o plano de voo não era autorizado. Demorou uma hora para sair, e lembro do Edmundo reclamando: ‘Neste tempo que estamos aqui parados já teríamos chegado ao Brasil’, e alguém respondeu ‘Fica tranquilo, que você ganhou três horas de vida", relembrou.
Após muita espera, o avião enfim decolou, porém, o susto foi praticamente instantâneo.
“Quando o avião decolou, logo ele arremeteu e caiu de bico no chão. Aí começou a gritaria. Lembro do Bernardo passando por cima da gente, o Cris dando socos no compartimento das máscaras, aí cheguei a pensar que se ficasse nervoso seria pior, e tentei ficar tranquilo. Fui até a minha mala para pegar o passaporte, mas vi o avião começar a pegar fogo e saí correndo. Pulei para fora e estava descalço, porque estava fazendo gelo no pé”, contou.
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Segundo o ex-volante, após garantirem a segurança de todos os atletas e controlarem o fogo, o elenco embarcou em outro avião. No momento da decolagem, viram a lataria do avião antigo toda destruída.
Os colegas de voo diziam, sem saber o que havia acontecido, que "todos que estavam naquele avião deviam ter morrido", visto o tamanho estrago.
A notícia boa é a de que a história não teve um fim trágico, acabando sem nenhum ferido. Porém, o trauma ficou para muitos jogadores do elenco.
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Ainda na mesma entrevista, Zé Elias afirmou que, tempos depois, em uma viagem para Presidente Prudente, no interior de São Paulo, chorou de medo antes do voo.
O Corinthians retornou ao Equador em duas oportunidades de mata-mata de Libertadores: no ano de 2012, em que foi campeão, empatou com o Emelec, por 0 a 0. Mais recentemente, em 2025, enfrentou o Barcelona, e acabou derrotado por 3 a 0.
Felizmente, o retorno para casa foi mais tranquilo, sem problemas com os voos.
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