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Esportes
Brasil chegou à final com grandes atuações, mas não conseguiu superar geração histórica da França, comandada pelo gênio Zinedine Zidane
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Footix, o mascote da Copa de 1998, na França | Divulgação
“Ronaldo não vai jogar”. A notícia dada há poucas horas da final da Copa do Mundo de 1998, disputada na França, causou espanto em torcedores do mundo todo. A informação era de que o grande craque da seleção brasileira havia sofrido uma convulsão no hotel durante a manhã, e Edmundo entraria em seu lugar na decisão contra os donos da casa. Depois, por insistência do camisa 9, o treinador Zagallo colocou Ronaldo em campo.
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Resultado final: França 3 x 0 Brasil, a maior goleada de uma decisão da história das Copas, com dois gols do gênio Zinedine Zidane e um de Petit. E olha que a escalação nacional para aquela partida era para lá de respeitável: Taffarel; Cafu, Júnior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio (Edmundo), Leonardo (Denílson) e Rivaldo; Bebeto e Ronaldo.
“Eu tinha certeza que seríamos campeões. Depois do que aconteceu, perderíamos mesmo com o Edmundo. A apatia não era do Ronaldo. Era do time”, garantiu Zagallo, treinador da seleção em 1998, em entrevista a este repórter, em 2013.
O Brasil empolgou a torcida durante a competição. A seleção fez uma boa primeira fase e, nas fases seguintes, subiu de produção e bateu Chile, Dinamarca, além de fazer uma semifinal emocionante com a Holanda, partida só decidida nos pênaltis, em que o goleiro Taffarel saiu como herói.
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Só que na final não conseguiu superar a anfitriã França, que conquistou o seu primeiro título mundial. A vitória se tornou uma espécie de símbolo da união étnica do país europeu - questão que sempre foi tensa na França -, representada pelo craque Zinedine Zidane, filho de argelinos.
Aquela seleção ganhou até um epíteto: “génération black-blanc-beur”, ou geração negra-branca-árabe, em tradução livre.
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