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Entenda quais são os motivos que atrai o público feminino para este mundo do automobilismo | Luca Bassani/GP São Paulo de F1
Por décadas, a Fórmula 1 foi vista como um esporte predominantemente masculino, tanto nas arquibancadas quanto nos bastidores.
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No entanto, nos últimos anos, uma revolução silenciosa tem acontecido: o crescimento exponencial do público feminino e jovem.
Essa mudança tem sido impulsionada por estratégias de marketing mais modernas, maior presença digital e conteúdo atrativo para um público que antes não se via representado no universo da F1.
Segundo dados do Global F1 Fan Survey, a porcentagem de mulheres na base de fãs do esporte cresceu de 10% em 2017 para 45% em 2021.
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Em 2023, Stefano Domenicali, CEO da F1, afirmou que 40% dos fãs do campeonato já eram mulheres.
No Brasil, o crescimento também é notável: entre 2019 e 2022, a presença feminina no GP de São Paulo aumentou 75,8%. Em 2023, 37,4% do público em Interlagos era composto por mulheres.
Outro dado que reforça a renovação do público é a faixa etária dos espectadores. No último GP de São Paulo, 40,2% dos presentes tinham entre 18 e 29 anos, e 31,4% entre 30 e 39 anos.
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A modalidade, antes dominado por um público masculino e mais velho, agora atrai jovens conectados às redes sociais e ao entretenimento digital.
O aumento do interesse feminino pela Fórmula 1 não é apenas um reflexo das novas estratégias de marketing, mas também do apelo emocional e narrativo que a categoria oferece.
Diferentemente do estigma de um esporte puramente técnico, a F1 moderna destaca a jornada dos pilotos, seus desafios e rivalidades, tornando a experiência mais envolvente.
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Além disso, a moda e o estilo de vida das equipes e pilotos, frequentemente exibidos nas redes sociais, também contribuem para a atração do público feminino.
A diversidade de histórias, o carisma dos competidores e a adrenalina das corridas criam um universo cativante que vai além das pistas.
Uma das principais estratégias que ajudaram a transformar esse cenário foi a série "Drive to Survive", da Netflix.
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Lançada em 2019, a produção abriu os bastidores da categoria, humanizando os pilotos e mostrando o drama das competições de um jeito envolvente.
Esse formato não apenas atraiu novos fãs, mas também gerou uma grande movimentação nas redes sociais, levando a F1 a ampliar sua presença digital.
Desde que a Liberty Media assumiu os direitos comerciais da categoria em 2017, a presença online da Fórmula 1 cresceu 80% em todas as redes sociais.
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Atualmente, a categoria possui cerca de 31 milhões de seguidores no Instagram, sendo a liga esportiva com maior taxa de crescimento nos últimos cinco anos.
O crescimento da presença feminina na F1 não se limita às arquibancadas e às redes sociais.
Nos bastidores, mulheres como Hannah Schmitz, estrategista da Red Bull, e Naomi Schiff, comentarista da categoria, conquistaram espaço e inspiram novas gerações.
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Além disso, a F1 Academy, criada em 2023 e liderada por Susie Wolff, pretende preparar jovens pilotas para competições de alto nível.
Jamie Chadwick, tricampeã da W Series, já deu um passo à frente, assinando com a Andretti Autosport para competir no Campeonato INDY NXT em 2023, provando que as corridas não são exclusividade masculina.
A expansão da Fórmula 1 para um público mais diverso é um reflexo da modernização do esporte. Se antes a categoria ignorava o potencial desse segmento, hoje a inclusão feminina e jovem se tornou um dos principais motores de crescimento.
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O engajamento digital, as parcerias comerciais e o aumento na venda de produtos licenciados mostram que essa estratégia está funcionando. Mais do que uma tendência passageira, essa renovação representa uma nova era para a Fórmula 1.
O desafio agora é garantir que essa transformação continue, abrindo ainda mais espaço para mulheres dentro e fora das pistas e consolidando o esporte como um entretenimento acessível e apaixonante para todos.
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