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Saiba como funciona as classificatórias que definem o grid de largada das corridas | Wikimedia Commons
A história da Fórmula 1 é marcada por várias mudanças, seja em modelos de carros, pilotos e até pistas. Outra mudança marcante nesse esporte ocorreu nos formatos que definem o grid de largada de suas corridas.
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Sessões duplas, voltas únicas e até classificações agregadas fizeram parte da principal categoria do automobilismo mundial.
Mas desde 2010, a Fórmula 1 adota um modelo consagrado com três segmentos eliminatórios — Q1, Q2 e Q3 — que se mantém como padrão até hoje. Você sabe como exatamente funciona esse sistema? E como ele evoluiu ao longo do tempo? Confira a seguir.
A classificação para o Grande Prêmio acontece aos sábados e é dividida em três partes, Q1, Q2 e Q3. No primeiro, todos os 20 pilotos vão à pista durante 18 minutos. Ao fim da sessão, os cinco mais lentos são formam um grupo do 16º ao 20º lugar no grid.
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No Q2, os 15 pilotos restantes correm por 15 minutos e os cinco últimos são cortados da qualificação e compõem as posições que vão do 11º ao 15º lugar.
Por fim, os dez mais rápidos disputam o Q3, com 12 minutos para buscar a volta perfeita. O piloto mais veloz nesta fase conquista a pole position, e os demais completam as posições de 2º ao 10º lugar.
Cabe às equipes a decisão estratégica de quando liberar seus carros na pista, tentando evitar tráfego e encontrar as melhores condições de pista para suas voltas rápidas.
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Desde 2021, a Fórmula 1 também realiza corridas sprint em alguns fins de semana. Essas provas mais curtas, com cerca de 100 km, passaram a ter uma classificação própria, com um regulamento diferente.
O treino classificatório sprint tem duração total de 44 minutos, divididos em três fases: SQ1 (12 minutos), SQ2 (10 minutos) e SQ3 (8 minutos). Além do tempo reduzido, há obrigatoriedade no uso de compostos de pneus: médios novos nas duas primeiras fases e macios no SQ3.
Inicialmente, o resultado da corrida sprint definia o grid do GP principal. No entanto, a partir de 2023, a sprint passou a valer apenas pontos extras no campeonato, mantendo o treino classificatório tradicional como único definidor do grid para o domingo.
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Desde sua estreia em 1950 até 1996, a Fórmula 1 usava duas sessões para definir o grid: uma na sexta-feira e outra no sábado. O melhor tempo de qualquer uma das sessões valia para a formação do grid.
Entre 1996 e 2002, foi adotado um treino único de 60 minutos, com cada piloto tendo até 12 voltas para buscar sua melhor marca.
Já em 2003, a categoria implementou o formato de volta única, com cada piloto realizando uma volta rápida por dia, em ordem inversa no sábado, baseada no desempenho da sexta-feira.
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Em 2005, surgiu o modelo de classificação agregada: um tempo no sábado com pouco combustível e outro no domingo já com tanque cheio. A fórmula foi mal recebida e durou apenas seis etapas. Ainda naquele ano, a F1 retornou à volta rápida única.
O modelo de três segmentos só começou em 2006, mas com uma particularidade: os pilotos que chegavam ao Q3 eram obrigados a começar a corrida com a quantidade de combustível restante ao fim da sessão.
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A estratégia levou muitos pilotos a queimarem combustível de forma deliberada antes da volta rápida. A situação só foi resolvida em 2008, com a obrigatoriedade de largada com o combustível remanescente.
O formato atual foi consolidado em 2010, quando o reabastecimento em corrida foi proibido. Desde então, a classificação se manteve praticamente inalterada, exceto por uma tentativa frustrada em 2016, quando a F1 adotou um sistema de eliminações progressivas a cada 90 segundos.
A mudança durou apenas duas corridas, diante de forte rejeição de equipes, pilotos e fãs.
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Embora o atual formato de classificação seja considerado equilibrado e emocionante, a Fórmula 1 segue aberta a experimentações, especialmente com as corridas sprint e eventuais alterações de regulamento.
O objetivo é o mesmo desde 1950: garantir um espetáculo competitivo, justo e empolgante — tanto na largada quanto ao longo da corrida.
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