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Clássico entre Palmeiras e Santos teve até gol de árbitro

Em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1983, árbitro marcou gol do empate do Verdão contra o Peixe: 'A bola bateu em mim'

Bruno Hoffmann

15/01/2024 às 15:21  atualizado em 15/01/2024 às 15:32

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José de Assis Aragão é cercado por jogadores do Santos após marcar gol para o Palmeiras

José de Assis Aragão é cercado por jogadores do Santos após marcar gol para o Palmeiras | Reprodução

O cronômetro marcava 46 minutos do segundo tempo. A torcida do Santos já celebrava o resultado de 2 a 1 contra o Palmeiras, no estádio do Morumbi, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1983. O alviverde só cobraria um escanteio e depois, provavelmente, o jogo chegaria ao fim. Mas o que aconteceria a seguir entrou para a história – e para o anedotário – do futebol nacional.

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Carlos Alberto Borges cobrou o corner, a zaga afastou para a entrada da área e a redonda sobrou nos pés de Jorginho. O atacante disparou um chute fraco e a bola sairia pela linha de fundo. Mas, em vez de ir para fora, bateu no pé esquerdo do mal posicionado árbitro José de Assis Aragão, deslocou o goleiro Marola e morreu no fundo das redes. Um golaço. Era o empate do time da Capital.

Os jogadores santistas ficaram revoltados, O mais possesso era o meia Paulo Isidoro, que disparou aos microfones ao fim da partida: “É uma vergonha. Todo mundo coloca ele como bom árbitro. É uma grande porcaria”.

Aragão, então com 18 anos de experiência dentro dos campos, se justificou à imprensa, com aspecto assustado: “A bola bateu em mim, eu não tenho culpa, o que eu vou fazer? Paciência, é gol”.

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Já os palmeirenses eram só alegria no vestiário. O meia Capitão, que estreava naquele dia, disse: “Estão dizendo que o Aragão estava mal posicionado. Só que para nós ele estava perfeitamente colocado, senão não teria feito um belíssimo gol de taquito”.

O técnico Rubens Minelli também tirou uma casquinha. “Ficou provada, mais uma vez, a eficiência da nossa jogada de escanteio. O pessoal do Santos marcou nossos atacantes, mas deixou livre o juiz, uma das variações que treinamos”. Depois sentenciou, ainda aos risos: “Foi graças a ele que empatamos. A bola ia fora. Felizmente, o jogo só termina quando o juiz apita. Ou marca o gol”. 

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