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Celular no remo? Italiano perde bronze em Paris por infração inusitada; entenda

Atleta italiano pode recorrer e reconquistar a medalha, que passou a pertencer ao australiano Erik Horrie

Lucas Souza

03/09/2024 às 16:30

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Remador paralímpico perde bronze por levar celular em barco

Remador paralímpico perde bronze por levar celular em barco | Reprodução/Redes sociais

O remador italiano Giacomo Perini levou seu celular à disputa do skiff simples PR1, nas Paralimpíadas de Paris 2024, e, mesmo terminando a prova em 3º lugar, foi desclassificado após encontrarem o aparelho no barco. A medalha de bronze foi dada ao australiano Erik Horrie.

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Atleta desclassificado

Segundo a Federação Internacional de Remo, Giagomo violou o artigo 28, parágrafo 5, alínea “a”, do Apêndice R2 de seu Estatuto, que proíbe qualquer tipo de comunicação eletrônica durante as provas.

Logo, após o celular ter sido encontrado durante vistoria no barco, o atleta de 28 anos foi desqualificado da prova que havia lhe garantido a medalha de bronze.

Bronze de volta

Apesar da perda, o atleta alegou não ter usado o aparelho durante a competição e até mostrou as últimas ligações e mensagens enviadas no celular ao júri. 

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Nessa linha argumentativa, o italiano pode recorrer à decisão e, conforme a decisão da Corte Arbitral do Esporte (TAS/CAS), ter sua medalha de bronze de volta.

“O artigo 65 do Estatuto prevê que, nesse tipo de casos, as alegações deverão basear-se em princípios fundamentais de direito ou nas próprias disposições estatutárias. A decisão proferida pela Corte será definitiva no âmbito esportivo e, se lhe for favorável, poderá restituir a medalha ao italiano”, disse o advogado especialista em Direito Desportivo, Mathus Laupman.

Entretanto, a possibilidade de reverter a situação ainda é baixa, explica o advogado.

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"Analisando as regras da competição, mais precisamente o artigo 28, parágrafo 5º, alínea "a", do Apêndice R2 do Estatuto da Federação Internacional de Remo, é claro ao proibir o uso de equipamentos eletroeletrônicos para comunicação durante a prova e/ou troca de dados com terceiros. O referido artigo é objetivo, de forma que a princípio não será efetuada uma análise subjetiva se o atleta usufruiu ou não do aparelho para se beneficiar. Ou seja, para infração ser concretizada e o atleta ficar sujeito a punição bastaria que no barco exista um equipamento eletrônico presente", completa Matheus Laupman. 

Paralimpíadas para o Brasil

O Brasil tem mostrado potência na competição, sendo que, até o momento, já conquistou 13 ouros, nove pratas e 22 bronzes, um total de 44 medalhas, levando o Brasil a 4ª colocação no quadro geral. Relembre o 1º ouro do País nas Paralimpíadas de Paris 2024.

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