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Esportes
A A4 terá 16 times, entre rebaixados da A3 em 2023 e aqueles que avançaram até a terceira fase na última edição da Bezinha
25/01/2024 às 16:32
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A previsão da FPF (Federação Paulista de Futebol) é repassar aos clubes da A4 cerca de R$ 5 milhões, entre cotas de patrocínio e premiações | Reprodução/Twitter
Em 2024, o Campeonato Paulista ganha uma nova divisão. Batizada de Paulista A4, ela passa a corresponder à quarta divisão de futebol do estado, abaixo das séries A1, A2 e A3 e acima da Segunda Divisão, chamada popularmente de "Bezinha", que passa a ser a quinta e última divisão.
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A A4 terá 16 times, entre rebaixados da A3 em 2023 e aqueles que avançaram até a terceira fase na última edição da Bezinha. De modo a fomentar novos talentos, o torneio será composto majoritariamente por atletas sub-23, com a permissão para que cada clube tenha até cinco jogadores acima dessa idade.
A nova divisão paulista vai mesclar agremiações tradicionais do estado, como o XV de Jaú, que completa cem anos em 2024, tendo revelado uma série de nomes que se destacaram no esporte, e clubes recém-criados, caso do Ska Brasil, presidido pelo pentacampeão Edmílson.
Na primeira fase, os times se enfrentarão em turno único. Os oito melhores avançarão às quartas de final, e os dois últimos serão rebaixados.
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Quartas de final, semifinais e finais serão disputadas em jogos de ida e volta; em caso de igualdade no placar agregado, avançará o dono da melhor campanha. Campeão e vice terão acesso à A3 em 2025. O torneio terá início no próximo sábado (27).
A previsão da FPF (Federação Paulista de Futebol) é repassar aos clubes da A4 cerca de R$ 5 milhões, entre cotas de patrocínio e premiações.
Um dos clubes que despontam como candidatos ao título da competição é o Ska Brasil, com sede em Santana de Parnaíba. A equipe nasceu em 2019 a partir de uma parceria entre um grupo de investidores japoneses e o ex-jogador Edmílson --pentacampeão com a seleção brasileira, em 2002, e com passagens por Barcelona, Lyon, São Paulo e Palmeiras.
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O centro de treinamento foi batizado em homenagem ao treinador Telê Santana (1931-2006), que, segundo Edmílson, foi fundamental para seu desenvolvimento e sucesso, dentro e fora de campo.
Antes de se preocupar com o desempenho do atleta, Telê tinha como prioridade formar um time com homens responsáveis em relação às suas obrigações pessoais e profissionais, afirma o ex-jogador. "Se não tivesse ouvido o Telê, não teria conseguido nem metade do que alcancei na carreira."
Edmílson diz que tenta repassar essa ideia aos jogadores do Ska Brasil. O ex-atleta, que atuou como zagueiro e volante, afirma ainda que busca resgatar o "futebol raiz". O processo inclui a prática do futsal para os pequenos que chegam para adquirir fundamentos básicos, como domínio de bola e drible.
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Segundo Edmílson, a fase ruim atravessada pela seleção brasileira está ligada à falta de uma formação adequada dos atletas.
"Os meninos que estão em formação não têm que ganhar campeonato. Eles têm que performar [sic] bem, nas áreas técnica, física, emocional e cognitiva", afirma o dirigente, revelado no início dos anos 1990 pelo XV de Jaú, time com o qual o Ska Brasil vai duelar na A4.
Presidente do XV de Jaú, Careca Paiva afirma que a disputa da nova divisão aumenta as chances de uma classificação para a A3, uma vez que são 16 clubes na disputa, contra os 36 que participaram da Bezinha em 2023.
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"A nova divisão demonstra que a Federação Paulista está querendo resgatar as equipes que fizeram história no futebol do estado", diz Paiva.
Ao longo das últimas décadas, jogadores de expressão nacional e internacional passaram pelo clube do interior, caso do zagueiro Leandro Castán, do volante e faz-tudo Wilson Mano e dos atacantes França e Sonny Anderson.
Também jogou pelo "Galo da Comarca" o lendário atacante Kazu, que, em 1988, foi o primeiro jogador do Japão a marcar um gol no futebol brasileiro, em vitória por 3 a 2 sobre o Corinthians de Biro-Biro. Aos 56 anos, Kazu está em ação até hoje, atuando pelo Oliveirense, da segunda divisão do Campeonato Português.
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Para a disputa da A4, Paiva afirma que a intenção é utilizar principalmente jovens revelados nas categorias de base. Aqueles que se destacaram na Copa São Paulo --o time caiu na segunda fase, nos pênaltis, diante do CRB-- devem integrar a equipe principal.
"Se não aproveitamos no profissional os jogadores que vêm da base, não faz sentido ter a base", afirma o cartola. "Espero que a gente consiga alcançar o objetivo, que é subir para a A3."
A última vez que o clube disputou a primeira divisão estadual foi em 1996, quando terminou na 15ª e penúltima posição. O Palmeiras, com Rivaldo, Djalminha e Cafu no elenco, foi o campeão naquele ano.
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Para celebrar o centenário do XV, uma série de ações está prevista para a semana de 15 de novembro, data de fundação da agremiação. Um jogo amistoso entre o time de másteres do XV de Jaú e uma formação liderada por Edmílson e convidados deve ser a principal atração.
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